Solo Rústico

Diante de todos os acontecimentos, difícil era dizer se haveria um novo começo, não aceitava tal ato desumano, ainda mais que todos pareciam estar mortos, isso se é que estavam... Assentia, se fosse o único a estar vivo poderia conviver com isso, mas agora não era esse o caso. Após toda a explicação ficou em silêncio por breves segundos, e então quebrou-o com uma indagação. - Nós estamos aqui para uma salvação. Se não fomos mortos, então... Porque ainda nos quer vivos? Ou não tens poder para acabar com essa guerra você mesmo? - Estava um pouco serio, tinha duvidas a ser tiradas, e com sua voz apenas identificou seu lugar para a Mestre.

Isso não faz sentido, Rider! Não parece justa! Guerras sempre foram ruins para a humanidade, e isso que ele está fazendo é fora do comum! - Respondia o Raider, parecia não estar para brincadeira, mesmo a voz do graal expressando calmaria junto a seu aliado. Podia saber sua mestra olhou para si, e apenas um movimento com a mão fez, respondendo seu olhar, e então pensou nas palavras para dizer, até que. - Você parece viver para os mortos, mas impede que os vivos pereçam... Que tipo de lógica estranha é essa? - Não estava desistindo, só queria saber os motivos e desejos do Graal.

Indesejadas eram aquelas palavras que pareciam cortar seu coração. Compreendia a história, mas criar uma guerra para parar uma guerra era uma loucura, por mais que já presenciou diversas vezes tais questões, a história se repetia, e novamente a sua frente. Como um flash, uma lembrança desgostosa veio em sua mente, suspirava, tinha tantas coisas para acontecer e uma delas tinha que ser essa e agora? Enfim. As história ainda não parecia ter acabado, se virou para o lado, como se tentasse expressar desinteresse, porém, como lembrado, sua audição era sua visão, então era inútil para si fazer aquele ato. Quando terminado, estava pensando nas palavras que iria usar, até que o Rider se prontificou, e dele vinha mais palavras, estas que chegavam a colocar pontos nas feridas de seu coração cortado, sua respiração começou a ficar mais rápida, as mãos vieram subiram, eles ajeitavam os cabelos, colocava-os atrás da orelha, porém, voltava para sua posição anterior. Se virou para o Rider, queria olhar para ele, mas apenas mantinha a cabeça razoavelmente baixa que parecia olhar para seus pés, iria fala, porém segurou a fala, segurava o que diria, e então, aceitando contra sua vontade, falou - .... Não, não tenho nada a compartilhar, está tudo bem! E isso também serve para você, Sem-nome. - Relutante preferiu não dizer mais nada, queria guardar tudo para si, não sentia-se livre para compartilhar o que queria ali. Se virou e começou a dar passos lentos. - Vou dar uma volta. Logo retorno. - Assim falava, sem se afastar muito, queria ficar apenas distante, pensativo.

Na tentativa de ficar com seus pensamentos, sentia sua Mestre se aproximar, cessou sua caminhada; sentiu os braços envolverem-no naquele abraço que parecia impedir de continuar, não iria longe, só queria refletir sobre tudo o que ouviu, e chegar a uma conclusão, ela não entendia seu lado, e parecia não entender o dela... Ao ser solto, se virava para ficar de lado para ela, a mão direita do rapaz fora para o lado, encostava na barriga da menor, e dali guiava-a até o topo de sua cabeça, acariciava; era quando o Rider falava, ele estava certo, e ela era jovem de mais para entender no que se meteu, um sorriso se formou no rosto do Assassin, parecia expressar satisfação, e nisso se virou levando a mão na nuca da Mestre, e seus lábios selavam um beijo na testa dela, e ao afastar poucos centímetros, sussurrou para ela em completa firmeza e seriedade - Não se preocupe, vamos ficar juntos, não iremos ter mais perdas, de mais ninguém, é o que EU - Levou a mão esquerda sobre o próprio peito - Prometo! - Erguia-se após fazer aquele gesto de carinho, e voltou-se a dar-lhe as costas, não queria dizer o quão inconformado estava, mas precisava refletir sobre tudo o que aconteceu, e iria mudar tudo se fosse possível.

Se afastava, ficava uma dezena de metros de distância dos demais - se fosse possível, caso contrário ficaria no fim desta -, não parecia expressar nada com gestos ou movimentos, parecia uma estátua que apenas refletia sobre o que presenciavam e os desfechos que inconformavam seu coração. A presença do Archer fazia o Assassin mover sua cabeça de maneira sútil para o lado dele, por partes, seu coração se acalmava, mas ainda não por completo, então voltou a seu movimento

Era incerto de mais, dizer algo sem ao mesmo ter certeza de qual era as reais intensões, mas não queria dizer ainda, estava ciente de uma possibilidade traidora vindo do inimigo, e então continuou calado, se fosse para dizer algo, atraí e atacar seria uma melhor opção se está em maior número; se virando para a Mestre, ficava difícil pensar enquanto ela tomava uma decisão que parecia ser precipitada de mais, parecia olhar para eles, mesmo parecendo irônico, mas ainda sim, não falava nada.