Visão Geral

Um castelo não tão grande, mas, ainda sim, muito mais luxuoso que uma mansão qualquer. Seu primeiro piso é aberto ao público, tendo em vista que é repleto de itens históricos de Utrecht e normalmente não é habitado por nenhum comissário ou membro da família real. Existem escadas grandiosas com corrimãos dourados que levam aos andares de cima, porém, cercadas de guardas com expressões de "eu vou enfiar minha lança em você". E isso serve para todas as lanças que você consegue imaginar.

Quando Egbert desceu as escadas e passou pelos guardas para chegar ao piso térreo, desmaiou. As pessoas que visitavam o lugar se assustaram e os guardas tiveram que fazer algo para não chamar tanta atenção. Já haviam sido alertados para não o deixar subir novamente, então apenas o deixaram repousando no sofá da sala de segurança, longe dos olhares públicos.

Antes que pudesse seguir para seu quarto, Kristell foi parada por um dos guardas avisando sobre a situação de Egbert. Com um suspiro, ela seguiu até a sala de segurança pisando com força e visivelmente irritada, o que era uma raridade para a princesa normalmente inofensiva.

- O que diabos estão fazendo?! Não é assim que tratamos nosso convidado, que absurdo! Da próxima vez acho melhor trato-lo melhor ou eu pessoalmente me encarregarei da punição.

Se aproximando do homem e se ajoelhando no chão, ela tocou seu joelho e o olhou atentamente.

- Senhor Egbert? O Senhor está bem?

Depois de acordar, por causa de uma bela dama que me chamara olhei em volta, sem entender nada.

— O que aconteceu? — perguntei, inclinando o corpo pra cima, mas permanecendo sentado. Olho para Kristell e começo a ficar um pouco nervoso — O que você esta fazendo?

- Eu... Sinto muito.

Ela se colocou de pé e fechou os olhos por alguns segundos, pensando nas palavras certas. Lembrou-se da fala de Losstarot sobre não saber lidar com sentimentos. Ela pensou que já soubesse disso, mas ver aquilo em ação a irritou um pouco.

- O Senhor desmaiou, estava fraco. Se eu estivesse aqui isso não teria acontecido e com toda certeza não o tratariam assim. Venha, pode se apoiar em mim, eu reservarei um quarto para que possa descansar.

Ela estendeu a pequena mão em sua direção para que ele pudesse se apoiar.

Não pude aceitar a sua ajuda, pareceria que eu era muito fraco e não seria um bom jeito de impressiona-la, então, levantei sem sua ajuda, com um pouco de dificuldade. Fiquei um tempo parado até sentir que estava preparado pra começar a andar.

— Não se preocupe comigo, estou é preocupada contigo.... Quer dizer, eu devo ter desmaiado um tempo e você deve ter ido se encontrar com aquele estranho... Ocorreu tudo bem? — falei, tentando disfarçar o fato de que só estava parado pois não conseguia andar ainda.

Kristell recolheu a mão, sentindo-se estranhamente incomodada ao ver que ele evitava contato. Era tão repulsiva assim? Ela deu um passo para trás para poder olha-lo melhor, embora tivesse vontade de manter a cabeça baixa.

- Foi tudo bem, eu não estaria aqui do contrário. Deveria se preocupar mais com sua saúde.

— Me preocupar mais comigo? Mas olha pra mim, eu estou ótimo! — falei, falando um pouco mais alto no final e levantando os braços. Assim que levantei os braços com uma rapidez inesperada, cambaleei um pouco pra trás, tentando disfarçar o máximo possível — Mas... Obrigado por se preocupar comigo... — falei, olhando para o chão enquanto recolhia os braços à sua posição inicial — Então, do que vocês conversaram? — rapidamente levantei a cabeça e olhei para ela com um sorriso, sem dar tempo para ela falar qualquer coisa para o meu agradecimento — Quer dizer... Se é que você pode me contar... — falei um pouco mais desanimado, mas ainda assim com o sorriso, que era de fato honesto, pois eu estava muito feliz de vê-la segura, pelo jeito eu não precisaria ficar tão preocupado quanto estava agora... Mas, acho que não serei capaz de aguentar a preocupação.

Ela prendeu a respiração por alguns segundos, vendo claramente que ele podia cair, e já se preparando para pega-lo caso acontecesse. No entanto ao ver sua reação ela passou de confusa para um pequeno sorriso que se transformou numa risada. Ela gargalhava como nunca fez, arrancando olhares arregalados e até bocas abertas dos guardas.

- Francamente Senhor Egbert, eu nunca conheci alguém como você. Eu irei contar, se me prometer que poderei ajuda-lo a subir para que coma alguma coisa.

Fiquei meio constrangido, achei que ela estava a rir de mim, mas depois de terminar sua frase, o sorriso ficara ainda mais honesto, pois, desta vez eu realmente estava feliz, aquelas felicidades que você deseja que nunca passe e o tempo pare naquele momento, para você poder curti-lo para sempre.

— Essas condições estão muito vantajosas pra mim, não terei como recusar — terminei com uma curta risada e então esperei que ela se movesse para me ajudar e então subirmos.

- Certo, até porque eu não aconselho a recusar um pedido de uma princesa.

Seu sorriso era brincalhão enquanto ela passava o braço por seu tronco para que ele pudesse se apoiar. Ela encaixou seu braço em volta de seu pescoço e segurou firmemente sua cintura com a mão. Vendo que estava firme, ela andou lentamente para que ele se adaptasse a seu ritmo.

O carro parou em frente ao castelo, e dentro de alguns momentos, guardas aproximaram-se e abriram as portas traseiras do veículo, saudando Scilla e Rayst com uma breve reverência. [i]Apenas agradeci-as com um breve aceno de cabeça e avancei castelo adentro, subindo a escadaria e rapidamente chegando aos andares superiores com minha noiva a meu lado.

O guarda saiu de sua postura usual que era obrigado a manter e olhou para o homem, o inspecionando da cabeça aos pés apenas por segurança.
─ No castelo, não temos nenhum lugar com essa função. Porém, seguindo a segunda rua quando sair, encontrará a padaria Leonidas, ótima para o café da manhã. Caso queira algo diferente e mais calórico ou saudável, o shopping Bloemen fica no fim do canal da rua principal.

O guarda ergueu uma sobrancelha, simplesmente.
─ Senhor, o castelo é apenas um monumento que agora serve de museu. Infelizmente, todas as áreas de alimentação estão restritas. Recomendo os outros pontos que disse mais cedo.

*O outro chegava ali como se tivesse teleportado, o que não foi o caso, novamente estava fora de casa mas agora bem mais atento a tudo para não cometer os mesmos erros, estando então mais sério em seus afazeres, vestindo então sua tipica roupa azul com goro, algo que escondia boa parte de sua face só deixando a boca amostra, tendo consigo uma katana na mão esquerda e alguns detalhes de armadura em sua vestimenta que acompanhava o sobretudo, tendo sapatos de cano alto e manoplas, até mesmo certa proteção no peito e costas, se mantendo próximo dali mas ainda oculto, não de forma formidável como a Assassin que ainda nem sequer tinha conhecimento, mas longe o bastante para ver Archer e se manter escondido, abaixado e pronto para qualquer coisa, conversando com ele mentalmente graças a outro feito*

Aquilo certamente não era humano, percebeu até um pouco rápido isso. Apesar de 'intimidado', não demonstrou qualquer preocupação. Olhava o rapaz a sua frente com bastante seriedade. A partir do próprio corpo, começava aquecer-se a volta do moreno, mas nada agressivo ou exagerado ainda.

-- Quero falar com o Dono do castelo. Imagino que não seja você.

~ Manteve o tom sério, um pouco abusado até. Passou as mãos sobre o antebraço do Servo, empurrando-o de modo leve.

[1d20+5 para o aperto no pescoço]
[1d10+10 para dano]