Descrição Geral

Com uma arquitetura invejável, a Cathédrale Notre-Dame du Lumière é uma das mais belas visões da humanidade.

A catedral surge intimamente ligada à ideia de gótico no seu esplendor, ao efeito claro das necessidades e aspirações da alta sociedade, a uma nova abordagem da catedral como edifício de contato e ascensão espiritual.

A arquitetura gótica substituiu as paredes grossas das igrejas românicas por colunas altas e arcos capazes de sustentar o peso dos telhados. Como consequência, os edifícios góticos ganharam um aspecto mais leve, e as janelas, mais amplas e altas, foram decoradas com belos vitrais coloridos que filtravam a luz natural, e com isso, criavam um "clima" de misticismo em seu interior.

Finalmente após chegar eu olho para meu relógio, foi um belo tempo de viagem, mas eu tinha chegado a tempo.

"Bem, hora de falar com o Padre."

Eu entro na Catedral e procuro pelo Padre para receber as informações diárias, essa era uma espécie de "ritual" diário pra mim.

Um dos coroinhas se aproxima do homem, com um olhar sereno.

- Boa Tarde Senhor, o que o trás a casa de Deus?

Remy tira o seu chapéu e responde ao senhor.

"Ah, eu sou Remy Gauthier. Avise o padre que eu vim falar com ele."

Sim, meu nome era o suficiente para mover pessoas na igreja, afinal, não era todo dia que se encontrava um membro oficial dos Executores. Não que muitas pessoas soubessem disso.

- Aguarde um pouco senhor.

Sem muito entender, o coroinha saiu por uns instantes e foi atrás do Padre.

Alguns minutos depois, um homem corpulento se aproximou.

- Boa Tarde senhor Gauthier. Não sou o Padre oficial desta paróquia, na verdade cuido apenas de uma pequena capela no Département Warlike. Sou Padre Yoro. A que devo a honra de sua visita?

Padre Yoro, esse era um nome novo para mim.

"Ah, não se preocupe eu estou aqui apenas para formalidades. Além disso, eu acho que tinham alguns documentos que eu devia vir aqui coletar... não sei se o Senhor já foi informado dos "eventos" desse mês."

O evento nada mais era do que a Guerra do Santo Graal, ela provavelmente começaria em breve, se já não tivesse começado.

"Ah, mas se o senhor não tiver conhecimento disso não precisa se preocupar! Hahaha!"

O Padre sorriu para o homem e gentilmente entregou uma pequena pasta.

- Aí dentro estão os nomes dos participantes da Guerra e as Classes dos seus respectivos Servos, bem como o que você deverá investigar. Fui informado por Vossa Santidade de sua vinda, devo informar que estou atuando como Supervisor do evento e que não observei nada suspeito até a presente data.

Após entregar a pasta, o olhar sereno do Padre tornou-se um pouco mais sério.

- Peço discrição em suas ações. Vossa Santidade deixou bem claro que tudo deve ser feito de forma silenciosa.

Assassin chega na catedral com seu barco, numa área remota ele deixa Uriel e passa então a seguir ela a pé desmaterializado.

A garota olhou ao redor.
Apesar de apreciar profundamente a catedral e sentir-se mais leve ali, estava nervosa. Suas mãos suavam frio e podia sentir seu coração descompassado enquanto apertava as mãos, engolindo seco.

Se acalentou lembrando da presença do seu servo ali com ela, mas ainda sim... Sentia-se nervosa demais com o que queria fazer, mas ainda sim, andou, procurando o Padre Yoro.

"Não se preocupe, tudo vai terminar bem"

Dizia Assassin mentalmente para sua mestra, não entendia direito o motivo do nervosismo que estava visível nela, mas tinha uma ideia.

Kirei também trabalhou na Igreja, técnicamente aquele território pode ser inimigo.

O fato de Assassin ter desafiado Ruler...e dito que faria das igrejas um mar de sangue....e ter chamado ela de prostituta do falso Deus......Não ajudava muito.

"se algo acontecer corremos para a biblioteca, o dono dela não me inspira comfiança mas podemos tentar algo.....a menos que ele esteja bravo ainda com o que fiz....ou esteja bravo contigo por algum motivo...ele parece meio temperamental."

Acabou suspirando e parou um pouco, perto de um dos vitrais onde retratava jesus carregando a cruz. Se perguntou brevemente como ele teria se sentido, com tantas pessoas ao seu redor sentindo misericórdia, enquanto outras o puniam.
Foi então que ouviu as palavras do Assassin e suspirou, sorrindo meio nervosa enquanto olhava para baixo.

"Quanto a ele..." Seu rosto corou de leve e olhou pro lado, coçando a bochecha com o indicador. "Bem... É... Acho que é complicado de explicar..."

Estava realmente tentando achar as palavras certas para explicar o que houve na livraria, entretanto, nenhuma parecia cair bem. A cada vez que relembrava o que aconteceu, seu rosto ficava mais quente.

"Be-Bem... Acredito que posso dizer que talvez ele vai me proteger..? Ele disse que todo o tesouro do mundo pertence a ele, e, se sou somente uma arma para os Einzbern, me qualifica como um tesouro, então..."

Passou a mão na nuca, sorrindo extremamente sem jeito.

...........

Assassin nem sabe o que dizer com aquilo de acabou de ouvir.

- Quantos homens tú planejas conquistar? Archer já parecia comer na sua mão apenas por causa de....bom....comida, Berserk te chama de imperatriz, tem certeza que vai querer arranjar emprego como bibliotecária Junior também? Qual vai ser o próximo? Caster? Lancer? Apesar de que tomaria cuidado com Lancer....bom..eu também tomaria cuidado com o bibliotecário.....ou com o Berserk...

Assassin tinha um tom zombeteiro conforme comversava mentalmente com sua mestra

"Não é como se eu quisesse!"

Uriel veio a cruzar os braços, ficando de cara emburrada enquanto bufava. Mas que situação de se estar numa catedral, poxa!

"Mas... De todas as formas, certamente aquele homem não é apenas um bibliotecário, ele se refere a si mesmo como Rei dos reis, e... Normalmente julgaria isso como insanidade, mas a certeza na voz dele me garante algo..." E fez uma careta breve de volta. "E escuta aqui ô, não vamos discutir sobre o tipo de emprego que vou ter, caralho, eu trabalho de maid num maid café."

Pensou em adicionar mais coisas, mas, ficou sem jeito com o que pensou em dizer. Acabou suspirando e olhou para a abobada.

"E além do mais, até mesmo 'ele' parece tomar cuidado com o Uruk... Eu acho que posso dizer que sou atraída por uma curiosidade implacável."

- Rei dos reis? Me parece algo que Archer diria - disse Assassin rindo de maneira sarcástica - em todo modo, aquele homem é extremamente poderoso, não fico surpreso que "ele" tenha receio, aquele dia o nosso reizinho poderia ter feito de nós dois uma peneira se assim desejasse.

Assassin cruzava seus braços pensativo

- De todo modo, como vossa casa não é mais segura, a biblioteca me parece um lugar perfeito para se refugiar.

...

"Espera, espera, espera... VOCÊ está realmente sugerindo de pedir acolhimento dentro das paredes do mesmo cara que quer me 'coletar' para o tesouro dele?"

Uriel cobriu a boca para conter a risada, respirando fundo em seguida.

"Honestamente, isso pareceria o tipo de coisa que eu tomaria iniciativa de fazer pelo simples fato de não medir as consequências, mas, não deixa de ser uma ideia... Entretanto, não conto muito com a ideia de que ele vai ceder isso, e, de todas as formas, não é total certeza que minha casa esteja insegura apenas... Me sinto insegura lá."

Seu tom risonho rapidamente desapareceu e logo olhou ao redor. Estava começando a ficar incomodada com aquela demora.

"Acho que vou perguntar para alguém sobre o Padre Yoro."

- Confesso que é uma estranha e apressada declaração de amor 
HAHAHAHAHAHAHHAHA.

Assassin parava para respirar após dar essa resposta e gargalhar.

- Mas sejamos sinceros, é melhor do que ser chamada de Imperatriz e passar por uma tentativa de lambida.

Assassin ponderava sobre esse Padre.

- A propósito, quem é este Padre?

A curiosidade vinha mais pela desconfiança que estava na mente de Assassin após os últimos eventos com membros do clericato.

Agora sim Uriel ficou vermelha apesar do seu sorriso. Cobriu o rosto com ambas as mãos, seu coração acelerou e imediatamente diversas cenas começaram a voltar na sua mente.

"KO-KO-KO-KOI?! E-Es-Espera! Não acho que seja Amor! Isso não faz sentido, que-quer dizer, amor não deveria surgir de modo devagar ou algo desse tipo?! EunãoseisequerqualquercoisadeverdadesobreeleeaindamaisqualquercoisadetipoparachamardeDECLARAÇÃOentão por que está mandando esse tipo de coisa?! AAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!!!!!!!!"

Mas, a lembrança do que aconteceu com Berserker serviu para acalmar os ânimos da garota, que imediatamente se abraçou e encolheu com a memória. Lembrou-se do sangue que escorreu do pescoço da Trish e um outro arrepio correu pelo seu corpo, se abaixando um pouco quase como se estivesse passando mal.

"Argh, eu REALMENTE espero que ninguém se aproxime de mim daquela forma..." Procurou respirar fundo e ajeitou a porta, colocando as mãos nos bolsos e decidiu andar um pouco, parando na frente do altar dedicado a Virgem Maria. "Padre Yoro é o Padre responsável pela guerra do Graal, ele se apresentou para mim..."

Mordeu a língua. Ainda não havia contado certas coisas para seu servo, e talvez, preferisse assim. Acabou suspirando e fechou os olhos.

"De qualquer forma, eu prefiro me confessar para ele."

- Jovem tolinha, existe mais de uma forma de amar e o amor vem de diversas formas, rápidas ou lentas - Assassin sorri - eu por exemplo te amo como filha, e se parar para pensar faz pouco tempo que lhe conheci.

Assassin percebe que tinha coisas sobre Yoro que não seriam reveladas.

"Bom, depois eu dou um jeito de descobrir" pensou Assassin.

Ficou suavemente corada, mas, sua mente não parava de funcionar na ideia do que poderia ser realmente os sentimentos do Uruk. Balançou a cabeça. Não, definitivamente não deveria ter nada demais, certo? Quer dizer, tudo bem que ele usou as palavras "que a sua recusa apenas o faz ter mais vontade de tê-la" quando negou o pedido dele, mas, quer dizer, não deveria significar nada demais, certo? Afinal de contas era mais como um tesouro, certo?

Certo?!

Respirou fundo e acabou sorrindo suavemente apesar do seu rosto suavemente corado pelos pensamentos que estava tendo.

"Fico contente por isso... Tipo, contente de verdade..."

Assassin olhava para sua filha e dava algumas discretas risadas.

"Aiai, os tempos passam e os jovens nunca mudam"

- Bom, agora que já ganhou mais uma coisa para se confessar, vamos procurar este padre antes que você precise ficar até amanhã rezando

"Eu não preciso ficar rezando, seu idiota!"

E, bufando, saiu andando até encontrar alguém que se assemelhasse ao Yoro, ou então alguém que pudesse perguntar pelo padre.
Claro que nisso, já estava mais calma.

Uma figura mais velha com um semblante sereno, porém atento, se aproximou de Uriel e do Assassin sem que eles viessem a perceber.

- Esteve me procurando, Senhorita Uriel? - Era a voz do Padre Yoro, vindo de trás deles.

- Iiick!!

Uriel deu um pulo e se virou rapidamente, de olhos arregalados e meio encolhida, ficou imediatamente vermelha por estar encabulada. Olhou para baixo, juntando as mãos, mas deixando os indicadores erguidos e ficou batendo um no outro.

- Si-Sim! Pe-Perdão Padre Yoro... Eu... Não o escutei chegar...

Passou a mão na nuca e respirou fundo, erguendo o olhar para ele.

- U-Uhm... Eu... Posso falar com o senhor em particular? Eu... - Estava realmente sem jeito, ainda mais depois do susto, tornou a olhar pra baixo. - Eu... Gostaria de me confessar, mas... Nunca li a bíblia ou me aproximei muito da religião cristã...

A ultima parte foi praticamente um murmurio sem jeito.

Assassin sorri diante da cena.

- Já gostei dele, me ajudou no árduo trabalho que é ensinar você a ficar sempre atenta aos arredores - dizia Assassin mentalmente para sua mestra