Torre Dom

Ao visitar Utrecht, você precisa visitar também a Torre Dom. A maior e mais antiga torre de igreja da Holanda é um marco de Utrecht. A Torre Dom foi construída entre 1321 e 1382 e tem 112 metros de altura. Mesmo que você não possa ver a torre, ainda vai ouvir um de seus 13 sinos, que pesam entre 400 e 8.165 quilos. 465 degraus.
O andar térreo é uma igreja comum. Com seus bancos, suas missas e suas imagens religiosas, além, é claro, da figura de Jesus crucificado na parede. Há uma passagem, porém, que dá acesso às escadas que nunca acabam aos outros andares, onde a verdadeira Igreja funciona para os magis. Aqui é possível conseguir mais Black Keys e interagir com NPC’s poderosos da Igreja.

Devido ao imprevisto de ter encontrado alguém que já estava ciente da Guerra, Kristell se viu obrigada a tomar a frente e não esperar pelo irmão. O correto seria os dois fazerem uma visita cordial para a igreja, seus aliados. No entanto, ela não poderia esperar.

Sem dar muita atenção aos detalhes da estrutura, até pelo fato de que já a visitou algumas vezes em sua infância, ela adentrou o local, que estava vazio.

- Mãe, você pode andar livremente por aqui.

Ao ser recebida por um padre, ela pediu para que fosse chamado o mestre dali.

Berzerker não estava contente pelos acontecimentos passados, mas estava ainda mais descontente com Kristell. Envolvida em seus trajes negros ela disse em uma voz condizente, nem alta nem baixa, nem doce nem amarga.

"Criança, o quê foi aquilo antes?" - Berzerker não disse o que era aquilo, ela deixaria que Kristell descobrisse por conta própria, mas ela esperava que ela conseguisse.

- Estudando o inimigo. Não adiantava esconder nada daquele homem, Losstarot, afinal era obvio que ele sabia sobre mim de alguma forma. Três opções, ou ele é um mago enviado para ajudar um mestre, ou também é um mestre, ou algum daqueles dois é um. De qualquer forma é bem claro que Ophelia é seu ponto fraco, não importa o que ele é, não fará nada que ponha a vida da mulher em risco e isso é uma vantagem.

Sua expressão era tão calculista quanto de um assassino, afinal por mais que tivesse certo afeto pela jovem, conseguia analisar diferentes opções que as negociações com Losstarot podiam dar. E uma delas estava a possibilidade de usa-la como refém. No fundo a ideia não lhe agradou nem um pouco e ela sentiu-se ainda mais amargurada por isso.

O padre adentrou uma parte da basílica através de uma porta nos fundos, onde telefonou para o quarto Egbert , pedindo para que descesse. Um mestre da família real o aguardava.

Berserker ouviu tudo que Kristall tinha falado, como era incrivelmente calculado e fria na palavra, mas aquilo não era o que ela queria ter ouvido.

"Não é disso que eu estou falando." - Berzerker se aproximou de Kristall até que ela pudesse ver seus olhos dourados por baixo de seu grande chapéu.

"O que foi aquele medo? O que foi aquela insegurança, aquela incerteza, aquela inveja!? Palavras secas e sem motivação como aquelas não enganariam nem a mais idiota das pessoas!" - Berserker então segurou seu gentil queixo e lhe fez uma pergunta.

"Aquilo é o maneirismo de um covarde. Eu não deixarei você ser uma covarde, não diante de mim. Me responda, tudo aquilo que você viu naquelas pessoas tranquilas e alegres... você deseja aquilo não é mesmo?" - Ela aguardava a resposta da criança enquanto ignorava completamente o padre.

Eu estava terminando o café da manhã quando o telefone tocou. Depois de atender o telefone, comecei a me arrumar, pondo meu casaco térmico e minha camisa preta, além de levar minhas adagas como de costume. Desci logo em seguida, com um pouco de pressa, para não deixar ninguém esperando.

Quando cheguei na igreja, notei uma mulher com um corpo perfeito e olhos muito chamativos. Por alguns milésimos, fiquei parado encarando aquela beldade. Depois de balançar um pouco a cabeça, voltei à minha consciência e continuei andando até eles. Ao menos, eles provavelmente não notariam a minha falha de conduta, pois aparentavam estar conversando.

— Prazer, me chamo Egbert van Larz. O que os trouxeram até aqui? — falei, reverenciando as duas entidades que estavam à minha frente.

Por alguns longos segundo seu coração vacilou e seu rosto ficou contorcido por angustia e magoa. Era o que desejava, queria poder ter amigos e agir como uma garota normal, ou no minimo ter seus esforços reconhecidos. Mal se lembrava dos rostos de seus pais e seu irmão não a destratava, mas também não era o mais carinhoso, afinal ele carregava o pior fardo de todos: Ser o primogênito da família real. Seus olhos se encheram de água até que estivessem quase transbordando. Quanto tempo fazia desde a última vez que chorou?

- Eu... Q-Que--

A voz grave que ecoou pela igreja fez com que ela agisse rapidamente e secasse as lagrimas, sem aplicar muita força. A pequena mestra voltou seu corpo em direção ao homem que lhe fizera a pergunta, deixando um discreto suspiro escapar.

- Eu gostaria que o senhor, por favor, me acompanhasse até o castelo. Meu irmão já deve ter invocado seu servo e precisamos discutir algumas informações que consegui. Estou atrapalhando em algo?

Com a tranquilidade retornando, ela falou calmamente e sem desviar o olhar, mesmo que não o conhecesse a loira não sentia quaisquer receio de fazer o pedido, afinal era muito boa em se socializar quando tinha vontade.

Berserker foi atrapalhada por aquele mísero homem. Quanta audácia, poderia ter lhe matado só por não interromper sua conversa. Logo ela disse em uma voz baixa para Kristall.

"Eu irei ter a sua resposta, criança, mas apenas quando terminar-nos isso aqui." - Berserker então olha para o rapaz e não mede palavras com ele.

"Infante, não te ensinaram a não interromper a conversa dos outros? Tens olhos apenas para enfeitar o teu rosto?" - O tom era ríspido e a resposta dele ira definir ou não se ele sairia daquela igreja com vida - "Meu humor está ruim por causa de tua completa falta de empatia pelos outros, mas minha criança ainda deseja falar com você. Consegue fazer algo simples como nos seguir, não é mesmo?" - Berserker não aguardou a resposta dele e se desmaterializou.

Havia notado que a mulher chorava um pouco, mas não iria desrespeitar o espaço dela, até porque nem a conhecia direito, então a única coisa que fiz foi escutar as palavras da sua parceira, para responder em seguida.

— Claro que posso segui-los, não tenho nada agendado para agora! — Não liguei para o sermão da mulher, já que isso era comum dentro da igreja, por causa disso, mesmo a rispidez e ignorância da mulher fora capaz de tirar o meu sorriso honesto.

Sendo assim, fui até a porta e abri para que a mulher de olhos claros passasse.

Concordando silenciosamente com a cabeça, Kristell se virou para a serva e deu um pequeno sorriso.

- Obrigada.

Dito isso ela voltou a andar em direção a porta.