Hôpital Saint Louis

Este hospital não faz a menor distinção entre pobres e ricos, tratando todos com igualdade. Embora não seja muito aparelhado, é o único lugar que não cobra por atendimento.

Uriel acordava em um dos quartos, um completo silêncio e escuridão, exceto por uma luz fraca vindo do lado de fora da Janela.

Quando ela começou a se acostumar com a iluminação, notou um vulto ao lado da Janela, até mesmo o Assassin ficou surpreso por não ter notado aquela presença.

- Boa Noite Uriel... - Uma voz masculina ecoou pelo quarto, perturbando Uriel profundamente.

-Uhhmmm...

Abriu os olhos devagar, se remexeu de leve. Não havia dor de cabeça? Ainda se sentia tonta demais para poder definir direito o que sentia. Levou a mão a cabeça, sentindo como seu corpo parecia tão... bobo.

- Onde...

Olhou ao redor, um tanto confusa. Estava no hospital..? Espere... Estreitou os olhos para olhar a janela, vendo que era noite, não... Havia algo a mais...

Arregalou os olhos e imediatamente despertou com a circulação de sentimentos que passou por si. Se ajeitou imediatamente, ficando sentada enquanto observava aquele vulto.

Engoliu em seco, sem saber o que dizer, apenas aguardava o próximo movimento.

"Assassin, não. Faz. Nada."

- Sabia decisão em não mandar seu servo interferir. Continua inteligente, Uriel. - O vulto disse no mesmo tom debochado.

A jovem reconheceu instintivamente quando ele saiu das sombras, embora a voz já o tenha denunciado. Kotomine Kirei estava ali, na frente dela. Fazia tempo que ela não o via diretamente e ele não havia mudado nada. Seu olhar continuava o mesmo, impossível de se ler.

- Você me provocou muitos inconvenientes Uriel. Seu último sumiço foi bastante intrigante, mas não é sobre isso que eu vim lhe visitar esta noite. - Sua expressão permanecia inalterada, nenhum sentimento estava aparente e mesmo que Uriel soubesse que era seu jeito, isso a preocupava.

- Tem alguma coisa que você queira me contar? Uriel Von Einzbern. - Ele entonou o nome dela de uma forma diferente, enfatizando o sobrenome da jovem.

Permaneceu em silêncio diante daquela figura, com seus olhos arregalados. Estaria com medo ou feliz? Sequer sabia dizer ao certo, provavelmente os dois. Acabou olhando para baixo, seu rosto esquentando.

Não esperava que ele fosse aparecer dessa forma, publicamente e indo atrás dela, entretanto... Respirou fundo e ergueu o olhar de volta. Desaparecimento?

- Eu... Nunca desapareci de propósito... - Murmurou, mas, logo ajeitou a postura e seu tom de voz, tentando demonstrar confiança. - O que eu sei...

Olhou para frente, fechando os olhos brevemente. Havia muita coisa que havia acontecido, não havia como omitir, havia? Ergueu o olhar para aquele homem, respirando fundo, buscando reunir sua coragem.

- Eu sei de tudo, Kirei. Desde seu coração até o que você estava fazendo naquela universidade. - Engoliu em seco, sua determinação fugiu um pouco, acabando por abaixar o olhar. -......

Apertou o lençol e fechou os olhos. Estava com medo agora, unicamente e puramente medo naquele instante.

- Eu... Não consigo entender tudo completamente ainda...

"Não consigo te ferir, não consigo destruir isso, não entendo nada disso, mas..! Mas...!". Respirou fundo de volta e olhou para o homem de volta, sorrindo de canto atordoada.

- Eu realmente não entendo...

- Você não precisa entender. - Ele disse aquilo com um tom frio e seco, sem a menor sombra de sentimentos.

- Uriel Von Einzbern. Você sobreviveu de uma forma inesperada e por isso foi poupada. Enviada para aqueles que nunca seriam capazes de compreender aquilo que você representa. Afinal, eles te trataram como uma Arma, um instrumento para conseguir o Graal.

A voz dele permanecia fria, diferente de todas as vezes que Uriel conversou com ele. Ela realmente sentia medo a cada palavra que ele pronunciava.

- Eu por outro lado sempre a protegi, sempre evitei que algo maior lhe fizesse mal e lhe avisei de todos os perigos que pude. E o que eu recebo em troca? Você interrompe meus planos, desaparece da minha vista e ainda se volta contra mim.

Kirei a encarava, olhando-a diretamente nos olhos. Uriel lembrava de cada coisa que ela havia visto e ouvido sobre ele, porém não conseguia sentir nada vindo do homem. Um olhar completamente vazio.

- Tenho pouco tempo para lhe dizer isso, pois em alguns minutos a mulher que lhe drogou virá fazer perguntas. Então, novamente eu venho lhe avisar que ela indagará provavelmente sobre mim e sua vida estará em risco caso diga as palavras erradas. - Kirei abria um sorriso ao dizer aquilo.

- Eu poderia lidar com ela com facilidade, porém não desejo isso. Então estou lhe avisando novamente e provavelmente protegendo sua vida. Para você continuar se voltando contra mim.

Aquelas palavras foram ditas em um tom debochado, bem próximo daquele que iniciou a conversa.

O sorriso imediatamente desapareceu dos seus lábios, apesar de que começou a lacrimejar, se encolhendo a cada palavra dura que escutava. Sabia que ele iria dizer aquilo quando fez aquilo tudo... Acabou olhando para frente, agradecendo ao cabelo que acabou caindo na frente e lhe ocultou o rosto, reunindo as mãos na frente do corpo enquanto apertava o lençol.

"Por favor Assassin, não faça nada."

Sabia do ódio que seu servo vinha nutrindo contra aquele homem desde que descobriram tudo, mas, em nenhum momento havia nutrido ódio contra ele. Mas, sabia que o que havia feito o fizera nutrir tanta raiva, não o podia negar disso...

Raiva? Aqueles olhos estavam vazios...
Acabou soltando um suspiro dolorido, fechando os olhos enquanto expirava devagar, de maneira tremida e uma pequena lágrima acabou lhe escapando e rapidamente enxugou quando escutou que ela entraria ali. Precisava se recompor nesse caso e olhou para aquele homem que ainda nutria tanto carinho, sorrindo de maneira tremida.

- Não sou uma arma... Tenho minhas intenções, meus desejos e meus sentimentos, por mais que não entenda, por mais que não precise disso. Por isso... - "Por isso não o trai, por isso não entreguei sua posição, por isso..." Acabou suspirando e procurou relaxar os ombros, por que ainda tentava..? -... Por isso quero lutar...

Lentamente aquela sensação fria agarrava seu coração. Foi a primeira vez que realmente viu e sentiu o que Kirei era. Se lembrou da risada que ouviu e fechou os olhos de volta, juntando as mãos em frente ao colo e abriu os olhos de volta, dando uma risada baixa.

- Por isso, decidi que vou me manter fiel aos meus sentimentos, por mais contraditórios que eles o sejam. - Olhou para a porta, sua auto-confiança voltando aos poucos conforme se preparava mentalmente para o que teria de enfrentar em breve. - Eu também não espero que vá entender isso.

"Mas talvez nem tudo tenha sido feito para ser entendido", acabou completando mentalmente enquanto sorria de leve. Ficar perto do desespero... Ficar perto daquela forma...

Acabava lhe dando mais forças, no final.

Assassin tinha ficado aliviado quando Uriel despertou, preocupado com seu bem estar, Assassin iria lhe perguntar como ela estava quando o vulto declarou a própria presença.

Quando aquele homem surgiu Assassin já estava com o espirito emanando uma aura de ódio, puxando suas armas ele se preparava para atacar quando recebeu o comando de sua Uriel, ele ainda queria atacar o homem a sua frente mas não tinha certeza do que isso iria acarretar e temia o que ele faria com Uriel caso fosse morto em combate.

"Além disso, muitos civis.....eles poderiam acabar atrapalhando e não creio que Ruler teria piedade uma segunda vez"

Escutava as Palavras de Kirei e quando percebeu os sentimentos que emanavam em Uriel logo dava um passo a frente, sem nem pensar quando a jovem mais um vez....provavelmente salvou sua vida.

Escutava com atenção e adorou saber quem fez aquilo com Uriel elas não teriam nada para conversar, Assassin se perguntava se o seguro de vida da moça estava atualizado, ela faria uso dele em MUITO.

BREVE.

Sua aura emanava ódio puro que quase afetava o ambiente ao redor

"Por você...e apenas por você eu não arriscarei minha vida contra este homem no momento Uriel, a menos que ele te ataque eu não moverei um músculo daqui".

Suspirou em ouvir aquelas palavras e olhou para onde sentia a presença do servo.

"Ele não vai me atacar, e devemos nos manter passivos, a vontade ou não, uma ação violenta apenas seria assinar nosso óbito, você podendo defender ou não. Estamos num hospital e também inocentes podem se ferir. Se contenha."

Olhou para Kirei de volta depois de falar com o servo. Seus sentimentos começaram a se embrulhar mais uma vez e desviou o olhar, passando a mão no rosto.

Realmente odiava aquelas palavras ecoando em sua mente, estava doendo muito.

Kirei caminhou até a porta, abrindo-a.

- Faça como quiser daqui para frente. Mas se interferir nos meus planos novamente, terei que terminar aquilo que deveria ter feito quando tirei você dos escombros. - O tom de voz dele foi tão frio que causou incomodo até no Assassin.

- Viva até o momento certo Uriel. Talvez você consiga ver o Mundo que pretendo criar para você.

Dizendo aquelas palavras, ele saiu do quarto, deixando Uriel aguardando sua próxima visita.

- Gostei nada disso Uriel, ele chega a ser mais perigoso que o Rei

Dizia Assassin mentalmente para Uriel, ainda incomodado e com raiva daquele homem, ele se voltava para Uriel e mudava de assunto.

- Mais importante que isso, você está bem Uriel? Acordou melhor?

Os olhos dela ficaram completamente doloridos com aquelas palavras, na realidade, completamente pasmos e tremia de leve enquanto o fitava sair enquanto dizia aquelas palavras.

Apertava o lençol, mordendo o lábio inferior até enfim o homem sair.

Enfim, o que estava contendo começou a sair, primeiramente, com um sorriso doloroso enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas. Seu coração doía demais, suas mãos tremiam de leve enquanto cobria um dos olhos.

- Me tirou dos escombros...

Ele estava junto com todos aqueles homens da igreja? Um soluço finalmente escapou enquanto se encolhia e abraçava as pernas, apertando-as enquanto ficava com a cabeça encostada nos joelhos.

- Um filho eventualmente se rebela contra o pai, certo? Quando ele vê algo errado, ele não deve abdicar daquilo que considera certo em prol do seu pai, certo..?!

Escutou as palavras do seu servo, mas, não conseguia sequer pensar direito. Estava literalmente desmoronando nas lágrimas que estava contendo até então.

- Que se foda se ele é mais perigoso do que "ele", que se foda muitas coisas..! Eu apenas... - A dor parecia ter subido do seu coração para a garganta, arranhando-a dolorosamente. - Eu apenas...

Queria gritar.

Abriu a boca e deixou seu corpo completamente tensionado enquanto liberava um grito sem qualquer som, voltando em seguida para seus soluços.

- Eu sabia que ele iria ficar com raiva... Mas, o que eu podia fazer..?! - Levantou o olhar, com um sorriso completamente quebrado nos lábios enquanto murmurava aquilo tudo. - Se eu abaixasse a cabeça, você iria me odiar, provavelmente não me tornaria digna dele, e eu também... Eu também...

Cobriu o rosto com ambas as mãos, continuando a chorar daquela forma dolorosa. Queria acreditar que Kirei voltaria e dizia algo diferente, que lhe sorriria, mas, sabia que seria impossível, na realidade, sabia que provavelmente seus laços foram cortados, e isso era o que lhe doía mais.

- Eu não sei mais... Não sei mais nada... - Murmurou em meio aos soluços. - Só quero ir pra casa...

Voltou a abraçar as pernas, procurando se acalmar.

Assassin abraçava Uriel tentando trazer conforto para ela, abraçava ela forte mas também de maneira cheia de compaixão.

- Todos os filhos um dia saem do ninho, e não fique se lamentando pelo que fez no passado, ele já foi, pense na dádiva que é o presente, não importa o que faça a partide agora Uriel...eu estarei sempre contigo, não importa seu caminho, enquanto precisar de mim ao lado, é exatamente junto de tí que eu estarei.

Fazia um pouco de carinho na cabeça dela.

- Eu jamais irei te trair, jamais ouviu bem? E sobre ir para casa nós iremos, assim que termos total certeza de que estás recuperada, até lá lhe farei compania tudo bem?

Sentiu o abraço do servo, mas, dessa vez, apesar do silêncio que predominou sobre a garota, acabou soltando alguns soluços antes de respirar fundo e ajeitar a postura, retribuindo brevemente.

- Obrigada, Assassin. - Tentou forçar um sorriso, mas, logo acabou falhando. - Mas, poderia me dar um pouco de espaço..?

Se sentia um tanto ruim de pedir aquilo e procurou se desvencilhar para poder deitar e virou de lado, se encolhendo em posição fetal enquanto procurava aproveitar todo o calor que podia tirar. Não queria levantar e realmente não estava com nenhuma vontade de lidar com ninguém...

Por isso precisava se recuperar o quão logo possível.

A imagem do Kirei passou em sua mente junto com as palavras frias que lhe foram ditas, lhe arrancando mais um choro baixo.

Assassin entendeu os sentimentos dela e deu o espaço que ela queria, lhe doia o coração ao ver ela daquela forma.

Eu.
Ainda.
Vou.
Assassinar.
Ele.

Havia se passado alguns segundos conforme finalmente se acalmava, dando espaço, dessa vez, para um sentimento tão vazio dentro do seu peito. Tentou pensar em algo, mas, parecia que nada queria funcionar.

Queria um abraço, mas, havia apenas uma pessoa que conseguia ter em mente que queria chegar perto naquele momento.

Era possível sentir tanto frio dentro de si? Estava escolhida, certamente quente, mas, ainda sentia tanto frio... Talvez estivesse usando criomancia sem perceber? Não, era impossível. Ficou fitando a parede, ocasionalmente lembrava das palavras daquele homem "para continuar se rebelando contra mim"...

Me desculpe.
Me desculpe, por favor, me desculpe.

Voltava a ficar com os olhos marejados.

"Ele deve a ver apenas como um instrumento a ser usado", se lembrou daquelas palavras, certamente não eram bem essas, mas, sabia que seria apenas descartada depois.

Como uma arma que perde o proposito. Uma faca sem gume.

Não era uma arma, certamente não o era, certo? Então, não...

Não conseguiu concluir o pensamento, se encolhendo enquanto soltava outro soluço.

Precisava realmente falar com aquela mulher? Allys... Fechou os olhos, buscando algum acalento naquelas memórias.


Todos os homunculos não tinham uma personalidade definida, todos morriam cedo demais, e, apesar da perfeição de criação dos Einzbern, eles não eram uma exceção.
Mas, Allys foi tão diferente... Ela era tão gentil, alegre... Ainda podia se lembrar do toque dela cuidando dos seus ferimentos e do jeito que brincavam ocasionalmente...

- Allys... - Murmurou o nome, sorrindo de leve.

Gostava tanto do som do nome dela "Allys"... Esfregou o rosto no travesseiro, procurando se acalentar naquelas memórias quentes. Acabou cochilando brevemente, e no meio do calor acabou lembrando também do loiro.

Sim, ele também a abraçou quando começou a chorar, quando perguntou sobre Kirei... Não podia trai-lo daquela forma, nunca iria conseguir... Mas, Uruk estaria lá, não estaria? Isso a acalmava, gostava de pensar nisso... E além do mais, também teria Assassin ali para cuidar dela, não tinha? Sim, tinha...

Abriu os olhos devagar depois dos minutos breves, ficando de barriga para cima.

Estava mais calma, mas, ainda estava a beira de um colapso com uma palavra errada. Lacrimejou brevemente ao se lembrar de tudo que aconteceu e cobriu o rosto com o braço, sentindo como estava molhado o rosto, passou a mão, mas, acabou se levantando e foi até o banheiro, lavando o rosto e se olhou brevemente no espelho.

Estava horrível.

Acabou rindo baixo e voltou para o quarto, suspirando desanimada e ficou sentada na cama, olhando para o chão.

Alguns minutos depois a porta se abriu e uma mulher de cabelos prateados e olhos verdes entrou no quarto, fechando a porta sorrateiramente atrás de si.

- Presumo que esteja acordada Uriel, precisamos conversar. - Disse a mesma médica do Centro Comunitário.

Todavia, ela não estava vestida como médica. Alysa estava usando um vestido longo, luxuoso e vermelho, contrastando com seus olhos verdes.

Sua mente estava em silêncio, sequer conseguia sentir algo direito quando escutou o som do seu lado. Acabou forjando um sorriso doce como sempre quando viu o vestido que a mulher trajava.

-... - Seus olhos a traíram para o busto, suspirando aliviada, mas acabou ficando ainda sem jeito, recuando um pouco na cama conforme desviava o olhar, coçando a nuca. - Do-Doutora...

Para de funcionar sua mente do caralho.
Ela não ta com jaleco pra começar.
E você não curte esse tipo de coisa, por que esta ficando vermelha?

Uriel se encolheu, ficando em silêncio conforme seu rosto ficava vermelho. Ficou olhando para baixo, certamente desconfortável e lembrou-se da doce Allys na sua mente.

ELAS NÃO ERAM NADA PARECIDAS.

- U-Uhm...

O que poderia dizer? Não poderia agir como se soubesse que havia sido drogada, podia? E certamente aquela mulher não sabia... dele.

Lembrar do Kirei fez seus sentimentos se acalmarem e suspirou, erguendo o olhar timidamente.

- Po-Por que estou aqui?

Assassin estava literalmente se mordendo para não descer a Katana naquela mulher, mas sabia que isso iria trazer mais males que bens para Uriel.

"Bom, se eu matar ela longe da Uriel duvido que vá trazer tantos males assim" pensava Assassin, ele realmente tinha ficado louco de raiva com ela, independente do motivo aquilo não era desculpa para ter ferido Uriel.

A mulher sorriu, sentado na ponta da cama e aparentemente despreocupada.

- Você está aqui pois eu precisava conversar com você. E em um lugar público como aquele seria problemático. - Ela falava calmamente enquanto começava a abaixar a parte superior do vestido, revelando seus seios. - Espero que não se importe.

Alysa levantou e abaixou todo o vestido, ficando nua e sentando na cama, enquanto olhava para Uriel.

- Você foi procurar pela Tsuyoi. Significa que você é uma participante daquela Guerra pelo Graal e a julgar pelos seus documentos, é uma Einzbern. - Alysa dizia isso enquanto movimentava sua mão, delicadamente, do seus lábios até o meio de seus seios, antes de pousar a mão sobre o colo.

- Estaria interessada? - Acrescentou com um sorriso nos lábios.

Ficou observando-o, um tanto nervosa, até, para seu choque, a mulher começar a se despir.

Ficou boquiaberta, imediatamente recuando para a ponta aposta da cama e ainda ficando meio com o corpo inclinando. Foi então que sua mente se lembrou do seu servo.

"ASSASSIN, VIRA ESSA CARA PRA LÁ A.GO.RA."

A garota estava vermelha. Estava praticamente ofegando. E literalmente estacou daquela forma. Olhou para os olhos verdes dela enquanto fazia uma cara extremamente atordoada, tremendo de leve por conta do nervosismo, foi então que ouviu sobre ela saber que era uma Einzbern e boa parte da tensão desapareceu, mas ainda estava extremamente nervosa, sorriu, tentando não seguir o dedo dela conforme deslizava pelo corpo.

E acredite, foi muito mais duro do que conseguiria e gostaria de admitir.

- Be-Bem... Você já olhou meus documentos então, é..? - Estava tentando organizar seus pensamentos, mas tava foda. - O que quer comigo então?

Isso, me dá um tempo pelo amor de Deus.

Assassin se materializava num canto da sala, encostado na parede olhando para a mulher a frente dele com os braços cruzados

- Sinceramente Uriel, eu tenho praticamente 40 anos, vim de um tempo onde sua avó não era nem planejamento e era uma terra de ninguém, quantas mulheres completamente nuas você acha que eu já.

Rindo levemente da reação da Uriel Assassin prossegue.

- Sim, você está certa, Participamos da guerra do Graal, e segundo o que você mesma disse posso garantir que quem fez minha mestra ficar neste estado foi você não? Confesso que eu deveria ter notado mas.....bem....sejamos sincertos.....

Assassin suspirava e fechava os olhos,  quando abria eles os olhos estavam tão cheios de raiva que chegavam a ficor quase vermelhos

- O único motivo pelo qual você não tem.um certo servo te degolando neste exato instante é pelo simples motivo de que isso faria mal a minha mestra, só espero que tenha um bom motivo para ter feito isso e outro bom motivo para eu não te matar quando minha mestra não estiver olhando

A Alysa sorriu de uma forma muito provocante, o que perturbou ainda mais Uriel.

- Sou Alysa Galliasta. Na última Guerra um membro da minha família foi traído e levado a morte devido as mentiras de um homem chamado Kotomine Kirei. - Ela fez uma pausa para observar a reação de Uriel para com aquele nome e depois continuou.

- Meus contatos dizem que ele teve relações com os Einzbern há alguns anos e eu havia contratado uma outra pessoa para entrar nesta pequena disputa pelo Graal para matar o Kirei. - Uriel podia notar um pouco de raiva nos olhos da Alysa.

- A proposta é a seguinte. Diga-me o que sabe sobre a relação de Kotomine Kirei com a sua família e acabe com a vida da Mestra e do Servo que eu contratei para conseguir informações sobre Kirei. Aqueles malditos não fizeram nada além de copular, então eu quero que você acabe com eles. - Um sorriso se formou nos lábios dela - Eu poderei recompensar você muito bem se fizer esses pequenos favores...

Alysa sorriu provocantemente para o homem que ali apareceu.

- Você também poderia ser recompensado, senhor Agressivo. - Alysa piscou para o Assassin

ÉOQ
PARA DE SORRIR MULHER

O rosto da Uriel novamente ficou completamente vermelho conforme estava tremendo de leve, olhando para Assassin, ficando com uma cara meio brava por ele estar ali. Acabou pegando o objeto mais próximo (provavelmente o banquinho) e ameaçou de levantar e querer jogar no servo, mas acabou ficando a balançar ali irritada conforme descontava seu sem jeito de uma maneira, no minimo, cômica, junto com seus grunhidos.

- CARAI--... - Procurou controlar o tom de voz assim como abaixou a cadeira, mas ainda encarava o servo com certa fúria, resmungando. - Caraiohomem uma coisa é você já ter visto mulheres peladas, mas porra... Eu to no mesmo quarto que você com uma mulher pelada, eu to desconfortável pra caralho.

O esforço de controlar o tom de voz foi. MUITO. NOTÁVEL.
Respirou fundo e olhou de lado para Alysa, ficando suavemente triste conforme escutou o nome do Kirei. Olhou para baixo e acabou suspirando. Seu rosto ainda estava vermelho, mas, depois de tudo que aconteceu ali agora pouco...

- Ele teve relações com os Einzbern..?

Suspirou e ergueu o olhar para a mulher quando ela terminou de falar, sorriu de canto, ainda bem desconfortável - ainda mais com a menção de copular vindo de uma mulher pelada (meu Deus do céu Allys, que sua santa inocência seja preservada).

- Eu não sei que tipo de relação o Kirei teve com os Einzbern, mas, eu me lembro vagamente dele de quando eu era criança antes de ser adotada... - Deu de ombros. - Mais do que isso eu realmente não sei. Quanto esses dois, parece um excelente trabalho para a mestra do Assassin...

Mas, mentiras? Tinha que admitir que estava curiosa e ergueu o olhar para ela.

- Ei, se me permite, que tipo de mentiras? Entendo se não for contar, afinal de contas, assassinos geralmente não perguntam muito sobre seus clientes.

Acabou dando um sorriso de canto um tanto perverso. Definitivamente estava sendo um festival de emoções.

- Que foi? Olhar não mata, e acho mais desconfortável estar junto de uma mulher pelada num recinto enquanto um homem invisível fica olhando o que aprontarem do que ao menos vc saber onde o homem invisível está.

Assassin se voltava para a Intrusa, sua voz estava claramente contendo a risada.

- Mas bem, guarde suas recompensas para você, quero saber quais efeitos colaterais você causou na minha mestra com essa merda é se ainda vai durar - SE, e apenas SE, eu concordar com o que eu ouvir eu irei PENSAR em fazer o que pediu.

Assassin ficou encarando a mulher novamente mostrando sinais de fúria.

- Já parou para pensar que ao invés de sair envenenando quem vc vai pedir um serviço ou ajuda você poderia APENAS CONVERSAR?? MINHA MESTRA PASSOU A MERDA DO DIA NESSA CAMA POR SUA CULPA E AINDA TEM A AUDÁCIA....

Assassin voltava a ficar invisível, seus gritos foram meio altos.

"Deixe eu matar ela só um pouco Uriel, por favor" disse ele mentalmente para rl