Hermelin - Visão geral

"Então talvez eu deva refazer os passos..." Comentou em forma etérea, já no distrito. Procurava por rastros que pudesse seguir, boas informações ou qualquer coisa semelhante. Observava atentamente o local completamente deteriorado: A carcaça de sua granada havia sumido, provavelmente a igreja havia se livrado dela e de qualquer objeto que pudesse provar que tudo aquilo não foi um desastre natural. Ou estava encoberta pela neve. Em parte, sentia-se aliviada,  - apenas isso -; A curiosidade e uma ponta de desejo de vingança tiravam-lhe o remorso anterior.

Além da degradação, médicos e poucos policiais, podia ver também espíritos. Era possível que algum lhe tivesse alguma informação, não custava tentar.

"Olá?"

Sem resposta, seguiu em direção ao distrito seguinte.

*O rapaz seguia com sua aliada nos braços mantendo o silencio devido a melancolia, tendo o capuz cobrindo boa parte do rosto, caminhando devagar para não acorda-la no trajeto até de volta a Sacro Pugno*

A pouco havia escutado a voz de sua mestre, dando as direções de onde ela estava, por isso voava com toda a velocidade que podia para tentar alcançar ela, apesar de poder imaginar para onde estava indo e não gostar nem um pouco daquele local.

Izabella continuou correndo, na esperança de que o vento esfriasse seu rosto, até bater de cara nas costas de Miyamoto.

-Meu Deus! O que está acontecendo comigo hoje?

Ela massageava o nariz, dolorido pelo impacto forte que quase a jogou sentada no chão.

Tentar manter uma expressão neutra enquanto seu rosto queimava era algo difícil, agora ela sabia disso. Mas sentir o toque do rapaz a acalmou novamente, fazendo-a suspirar de alivio. Desviando o olhar para baixo e pigarreando para controlar a voz trêmula, ela respondeu.

-Eu não estou doente. Eu to bem, to bem. Venha, me dê sua mão eu vou passar a maquiagem.

Ela estendeu a mão direita enquanto usava a outra para retirar a maquiagem do bolso da jaqueta.

Ela ficou tentada com a ideia, pensou em como seria bom que a guerra tivesse uma pausa para que ela descansasse, mas não seria bem assim. Usando apenas uma mão para passar a base, ela mesclava com uma sombra bege para que ficasse da mesma cor que o rapaz, afinal ela era mais branca que o normal.

-Você doou todo o seu dinheiro para a caridade, senhor monge? Não se preocupe, posso não ser podre de rica, mas tenho um cartão de crédito comigo.

Apos soltar sua mão e guardar tudo de volta, ela apalpou o bolso traseiro onde estava guardado um pequeno cartão de crédito. Relutando para voltar a mencionar no assunto, pois só a lembraça já lhe causava constrangimento, ela abaixou a voz para se certificar que não vacilaria.

-Caster vai permanecer em esprito, então... podemos ir.

Ela apenas concordou com a cabeça e mandou mentalmente instruções para Caster, dizendo onde eles iriam e para ele permanecer em espirito.

Em espírito, seguindo Izabella.

Caminhou por ali, com fome. Resolveu ir a algum lugar para comer. Sem tentar trocar uma palavra com a serva, que ainda estava na forma física.

Yume chegou a um bar qualquer de Hermelin, com diversas mesas espalhadas por um grande salão e um balcão onde o barman alegre atendia a todos com um sorriso e um grande bigode.

Foi em direção ao balcão e perguntou com educação para o Barman.

-Olá. Que tipo de comida tem?

- Oh sim, temos vários tipos de comida! - disse e colocou o cardápio sobre a mesa, virando-se para atender outra pessoa.

O cardápio escorregar de suas mãos um pouco machucadas. Conjurou uma magia de vento fraca para que ninguém do bar pudesse notar, mas forte suficiente para colocar o cardápio na palma da mão antes de tocar no chão. Fingiu que nada aconteceu e começou a ver as comidas que tinham no bar.

-Vejamos... Arroz, feijão, salada, batata frita, filé mingnon, sorvete... Sanduíche.


Fechando o cardápio, pediu para o barman um sanduíche e coca.

O barman não demorou para trazer o pedido da garota, feito na hora, um grande sanduíche e um copo grande de coca cola. Passaram-se alguns minutos até um homem tocá-la no ombro.

- Senhorita, poderia vir conosco? - disse, com grande autoridade.

Não era possível notar a presença da mulher, mas, ela certamente estava ali o tempo todo, não importa se nem mesmo sua mestra havia percebido.

Quando o homem colocou a mão sobre o ombro de sua mestra, a serva pôs a mão encima do ombro do homem, estando atrás dele, mesmo que antes ele não tivesse percebido.

-Opa opa garanhão, a bonitinha aí tá comigo. Quer a mercadoria, vai ter que pagar antes.

Disse, em um tom debochado, resumindo aquela autoridade como se o homem apenas quisesse uma "mãozinha".

Tinha terminado de comer o sanduíche. Tomando a coca quando o homem tocou-lhe no ombro.
Não falou nada, mesmo após a serva aparecer de forma misteriosa. Ignorando o que acontecia, enquanto ela falava com o homem. Terminou o refrigerante e respondeu.

-Como a ela disse, o senhor terá que pagar antes.