Hospital de Westminster

A Assassin buscava atenciosamente, pelas câmeras, alguém que parecesse suspeito, ou ao menos desconfiante o suficiente para da-la algum motivo de matança alheia. Seus olhos rolavam as telas enquanto a unha do indicador batucava a tecla de avanço de forma sublime, sem pressa. Foi quando pode notar um paciente internado no quarto 203. Ele tinha alguns pentagramas tatuados no pescoço e outros símbolos mágicos nos braços. Poderia, de fato, ser apenas um zé ninguém metido a satanista e aspirante a ocultismo, mas Assassin checaria por conta própria tal indagante alvo.

A sala já estava inteiramente banhada de sangue, com tripas e pedaços de carne jogados pelos painéis de controle. Foi quando todos os cadáveres e sujeira alheia se desintegraram como poeira ríspida, desaparecendo por completo.

O lugar era perfeito, ninguém para ajudar, vítimas indefesas e uma abundância de pessoas, o que mais ela poderia pedir. Ela fez alguns rabiscos no chão. Claramente com o intuito de fazer um ritual de absorção de mana. Suas garras tomam forma e sua máscara cai.

"Ha... ahah.." - Suas roupas casuais levemente vão se queimando para mostrar a sua verdadeira forma para a carnificina.


"AAAAAAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...!"

Aquela seria a ultima coisa que eles ouviriam, ela já tinha se preparado com antecedência, trancando e bloqueando qualquer tipo de saída. Ela não iria deixar ninguém ali viver, ela iria matar todos eles, mas o que tinha os pentagramas ela faria ele sofrer, ela iria arrancar seu intestino e espalhar suas tripas por todo o Hospital e fazer que este engula seu próprio coração até que se afogue no próprio sangue.

Primeiro rondando pelos corredores. Aqueles que eu avistei foram todos mortos.
Depois de sala privada em sala privada, aqueles que ainda dormiam morreram sem dizer uma palavra.
Indo em banheiros, cozinhas e lugares exclusivos à administração. Não tinham muitos pois era bem tarde, mas nenhum se quer teve tempo para reagir.

Eu andava como névoa, impossível de se ver, as vítimas apenas observavam sangue jorrando. E assim foi, um por um, até que não sobrasse mais ninguém.
Não se ouvia nenhum som. Nenhum passo, nenhuma sombra, nenhum vulto. Apenas vento e vazio.

No fim do processo, não restava mais nada, mais ninguém. Tudo havia desaparecido, sem corpos, sem sangue, sem testemunhas, sem gravações, apenas o silêncio restava. O que restava eram apenas algumas inscrições em alguns pontos do hospital, em lugares que provavelmente não seriam encontrados com facilidade.

Na próxima manhã, o hospital que sempre tinha reclamações por sempre estar lotado... finalmente iria ter vagas disponíveis...

As pessoas iam morrendo uma por uma, sem fazer qualquer ideia de pelo quê ou onde haviam sido atingidas. Embora extremamente cruel, Assassin havia sido rápida em seu trabalho: os matava atingindo pontos que não geravam grandes feridas/atingisse veias que carregassem grande quantidade de sangue, dessa forma, evitando deixar pistas do que fez. Um por um, pilhou os cadáveres nos círculos correspondentes pra cada ala e absorveu sua mana. Tudo isso numa velocidade incrível, até que não restasse mais ninguém a ser morto no hospital.

Silêncio total.

Um total de oitenta e cinco pessoas foram mortas. Assassin teria recebido 1275MP, mas seu limite de mana era de 400; portanto, recebeu apenas o valor equivalente ao máximo que poderia carregar.

XP: 20 - Normalmente, lutas contras NPCs comuns dão 2XP cada. No caso da Assassin - que não precisou de mais do que uma postagem para matar inúmeras pessoas adoecidas -, recebeu apenas 20, uma vez que não lhe foi uma tarefa nem um pouco difícil e exigiu dela uma só postagem.

A quantidade de mana que ela absorveu foi tão grande que era o suficiente para encher suas reservas pelo menos 3 vezes, logo boa parte daquele mana se manteve ali, logo ela simplesmente dispersou o mana que ali estava para que ninguém possa usa-lo. Estava maravilhada, quase que em um intenso transe, sua forma se reverteu para a com suas roupas casuais, mas ainda era cedo demais para sua aura Assassina se dissipar.

"...heh..." - Ainda visivelmente perturbada, ela sai do prédio em passos curtos.

"...hehe...divertido... Como isso é tão DIVERTIDO!" - Ela segura a risada e se força a adotar mais uma vez sua postura gélida.

"...." - O mal em seu coração finalmente foi acalmado, era hora de ela voltar ao seu objetivo original e ir procurar outros Mestres, mas antes era melhor ela saber com exatidão quem eram seus "aliados".

Ela some como névoa, provavelmente para ir em direção de seu Mestre.

O monstro chegou no hospital pela porta da frente. Ambulâncias e enfermos estavam a transitar.

- VOCÊS TODOS MORRERAM AGORA! - Disse o Berserker. - Aqueles que não desejam morrer, tentem não serem atingidos!

Uma espada surgiu de suas costas. Um pedaço de ferro grande demais, pesado demais, largo demais. De todas as formas que você olhasse para aquela arma seria impossível ver um espada, e sim talvez, uma grande barra de metal em formada de empunhadura.

Ele balançou a arma da direita para a esquerda e correu para dentro do hospital, dilacerando a estrutura do edifício ao acertar e destruir todos os seus pilares de sustentação.

Se ele estivesse bem cheio ou ainda que só um pouco. Causaria dezenas de mortes.

- ME PERDOEM! Eu preciso ganhar essa guerra... - disse ele abaixando a máscara em direção ao chão. - e então eu me irei me redimir com vossas almas!

Os pacientes e funcionários não entendiam o porquê de um homem tão alto e de armadura correr pelo hospital, mas preferiram não entender. E essa foi a última coisa que eles lamentaram.

As estruturas foram se quebrando lentamente até que todas cederam com o peso total do local. Devido ao antigo acidente com Assassin - que matou muitas pessoas -,o hospital não estava tão cheio, mas centenas de vidas forma perdidas. Centenas.
A polícia foi acionada graças a um sinal recém-implantado no local. Em segundos chegariam.

XP: 25. Ler a postagem da Éris acima para compreender melhor.

O berserker arregalou os olhos quando as coisas caíram do nada sobre ele, não que não fosse o objetivo o fato era: Ele só pretendia matar os que estavam doentes e os que não estavam deveriam ter saído dali.

- Tsc. . . - Ele ficou parado e esperou pela policia chegar. Sua arma desapareceu de suas mãos e ele apenas andou para fora dos escombros.

Quando finalmente achou um corpo infantil, em perfeitas condições, parecia que não havia sido morto pela queda do local. Ele estava à apenas alguns metros fora do raio de destruição.

O demônio gigantesco se ajoelhou abraçando o corpo morto da criança e soltou um grande e poderoso urro de verdadeira dor e empatia.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAa!

Os policiais chegaram a tempo de acompanhar a cena do servo. Eles se entreolharam e chamaram bombeiros para procurar sobreviventes. Os policiais estavam perplexos, mas eram tantas tragédias acontecendo na cidade que resolveram colocar o trabalho acima das emoções. Devagar, se aproximaram de Berseker.
- Senhor, o que aconteceu aqui? Você sabe? - perguntou o policial, abaixando-se perto dele.

Um segundo urro de dor pela morte da criança.

O berserker correu de volta para os escombros, logo após colocar o corpo dentro de sua armadura.

- AAAAAAA... AAAAAAAAAAAaaa - Ele não conseguia formar uma unica sílaba que se não aquela mais basica.

Um simples fechar de mãos já erguia e arremessava pedregulhos de cem quilos na direção dos policiais procurando por mais crianças que pudessem ter sido vítimas de seu atentado.

Os policiais não entendiam bem o que estava acontecendo com o homem, apenas retornando para perto da viatura quando os escombros começaram a cair. Eles fugiam de um lado pro outro, sem entender o que acontecia.
Segundos depois, os bombeiros chegaram, também habilmente se esquivando dos escombros. Um deles chegou até Berseker, colocando a mão em seu ombro e dizendo:
- Olha, eu sei que é difícil perder pessoas amadas, mas deixe esse trabalho conosco! Vá tomar uma água ou algo do tipo. - ele disse, desconsiderando o tamanho dos escombros que jogava ao ar sem dificuldade.

Neste momento, o servo encontrou uma criança ainda viva na pilha de pedras.

Assim que o bombeiro tocou seu ombro ele levantou uma pedra e achou uma criança. Mas aquele pedregulho iria esmagar a pequena criança, isso porque ele estava no meio do caminho para matar o bombeiro.

Sua calma retornou assim que um sinal de vida surgiu.

Ele ergueu a criança e começou a arrastar-la para fora dos escombros roçando seu rosto metálico no corpo sem consciência da criança.

- V...i...v...a...? - Ele apontou a criança para o bombeiro a segurando com o máximo de delicadeza que tinha. - v...i...v...a?

Essa frase ficou se repetindo em loops intermináveis até a resposta do bombeiro ser dada.

O bombeiro que tentava dialogar com o servo caiu para trás quando o mesmo se levantou, ajustando seu capacete apenas para visualizar melhor a cena.
Outro bombeiro, um que ainda não estava no meio dos escombros, ouviu o servo pacientemente, pegando o menino em mãos para deita-lo no chão, verificando rapidamente seus batimentos cardíacos e pressão. Então,ele olhou para o homem na armadura e assentiu com a cabeça, dizendo que ela ficaria bem ao colocá-la numa maca. Também agradeceu a ajuda.

Assim que o bombeiro colocou a criança na maca o berserker esmagou sua cabeça com o punho direito. Isso ocorreu pelo simples fato dele deitar a criança em algo que o lembrava de um caixão.

-MEU!!!!!!!!!!!!!! - Gritou a criatura erguendo o garoto o introduzindo dentro de sua armadura. - MEU!!!!

Um martelo gigante brotou em sua mão direita assim como uma espada brotou em sua mão esquerda.

Ele girou o corpo esticando os braços. O martelo acertou o que estava mais próximo dele fazendo metade de seu corpo voar metros além.

Ele começou a andar em direção às várias viaturas.

- MEU!!!!

Ele parou em frente a frota da lei, com um olhar sanguinário.

Quem assistiu a cena não foi idiota o suficiente para ficar perto do monstro. Os bombeiros foram aos escombros se protegerem e os policiais usaram as viaturas de escudo, mirando com suas armas de fogo a armadura de cinco metros.
- Parado! E coloque a criança no chão! - demandou um com uma voz grave. - Você é o principal suspeito de cometer tal atrocidade, irá passar anos na cadeia!

O berserker viu aquelas pequenas armas apontarem para si e simplesmente se agachou levantando um bloco de pedra maior que ele usando as duas mãos e então arremessando diretamente numa viatura.

Correu extremamente rápido, nem parecia que aquele peso diminuira sua velocidade. O martelo se reintroduziu na mão esquerda e começou a, literalmente, golpear as pedras no solo criando uma saraiva de projéteis contra os policiais.

Os oficiais corriam desesperados pelo local, afastando-se o máximo que podiam dos projéteis, deixando para trás as viaturas e tudo no local. Os bombeiros continuavam escondidos nos escombros.

A criança, que até então estava desacordada, começou a bater dentro da armadura de Berseker.
Os oficiais chamavam por forças especiais.

O berserker ao conseguir uma abertura, correu para longe.

Notou que a criança acordou e agora não havia mais motivos para continuar ali. Começou a pensar com clareza

MDT: Casa.

Os policiais que saíram vivos por um grande milagre correram para perto dos bombeiros, ambos os grupos se auxiliando entre si. Logo, as forças especiais chegaram, mas não encontraram ninguém.