Atelier d'Anges

"Seja Bem-vindo, senhor/mestre!"

Uma cafeteria relativamente pequena, mas, muito bem ajeitada, localiza-se no centro comercial entre dois prédios.
Tem uma grande janela que dá visão para a parte interna da cafeteria, onde diversas mesas redondas, recobertas com toalhas de mesas quadradas em tons pasteis, com quatro cadeiras dispostas em cada uma delas.
O chão é ladrilhado, mas, o tom imita madeira e as paredes também estão pintadas num amarelo pastel, mas com uma parte da parede pintada num tom marrom mais escuro.
Alguns vasos de plantas estão dispostas para dar uma quebra em todo aquele tom e criar um ambiente para relaxar.

Atelier d'Anges traduziria para "Atelier dos Anjos", e, além da comida leve e o ambiente mais relaxado, as atendentes e garçonetes se vestem com roupas de camareiras francesas (inclusive alguns garçons com roupas de mordomos trabalham por ali para a rara clientela feminina ou de opção sexual diferenciada). O cliente, quando entra, pode escolher se deseja ser atendido por alguma garçonente em especial desde que ela já não esteja lidando com mesas demais.

Pegou sua chave e calmamente abriu a porta, respirou fundo ao chegar ali, fechando a sombrinha e indo para a parte dos funcionários, onde rapidamente se trocou para o uniforme, amarrando o cabelo em rabo de cavalo depois colocando sua tiara e amarrou o laço preto ali. Deu um sorriso meio bobo depois de guardar sua roupa. Foi até a parte da gerencia, deixando sua bolsa ali separada do restante e logo estava ali na frente da cafeteria, ajeitando as coisas e verificando se estava tudo em ordem enquanto seus funcionários chegavam e, logo, seus clientes.

Assassin observava atento a sua mestra conforme andava ao lado dela, invisível, cumprindo com sua primeira ordem: Seguir ela por todos os cantos.

"Eu certamente vou me divertir muito com isso"

Conforme o tempo passava, observava os clientes e empregados tentando localizar algum possível risco mas logo percebeu que o local era relativamente seguro.

"Ao menos por enquanto"

Um pouco entediado decide conversar com sua mestra.

"I'm Heeeeeeeeeeerrreeeee, e tocando nisso Uriel-dono terias algo que este servo possa beber? Não precisa ser algo alcoólico mas este servo gostaria de experimentar os gostos de hoje em dia"

Estava tranquilamente gerenciando o circulo dos clientes, entregando pedidos nas mesas com um usual sorriso quando ouviu aquele pedido do seu servo. Tranquilamente, sem alterar sua expressão, seguiu até a cozinha.
O que poderia Assassin gostar? Pensou brevemente de maneira divertida quanto aquilo. Sabia que se o objeto não estivesse em interação direta com outra pessoa, ninguém notaria, então não teria problema.

- Emma, un café machiatto! - Aguardou brevemente ali até o pedido ficar pronto e colocou na bandeja, caminhando elegantemente até uma mesa livre e colocou a bebida ali. - Perdão a demora, Mestre~!

Colocou um tom mais fofo e agudo no "mestre", como gostava de fazer e em seguida deu uma breve olhada para onde sentia que seu servo estava, dando um sorriso animado e continuou a atender as mesas.

Assassin pegava sua bebida ainda meio pasmo com a última cena.

"..........o que passa na cabeça das pessoas para virem ao estabelecimento por uma coisa dessas"

Continuava a resmungar mentalmente conforme tomava um tequinho do primeiro gole.

- CARALHO ISSO DAQUI É BOM PRA CACETE PORRA!!!!!!! BASTAVA UMA BEBIDA DESSAS E ACABAVA COM AS GUERRAS DA MINHA ÉPOCA MEU BOM LORDE DECAPITADO!!!!!

Sua reação acabou se esvaindo mentalmente para sua mestra acidentalmente, apesar de assassin não ter soltado um único tom de voz.

Não por capacidade mas por estar oculpado demais com bebida na boca

- Opa, desculpe

Mandou mentalmente para sua mestra, se alguém pudesse ser capaz de ver ele, pareceria um velhaco distraido apesar de que um olhar atento mostraria que seus olhos estavam sempre alertas ao ambiente.

Se esforçou para manter sua postura quando aquele servo gritou em sua mente, terminou de atender seu "mestre" e acabou suspirando, acariciando sua testa enquanto respondia seu servo mentalmente.

"Apenas deixe o copo na cozinha em seguida, não precisa se apresentar nem nada, o pior que pode acontecer nisso é acharem que tinha um cliente muito estranho para não terem notado."

Acabou dando um sorriso, estava contente afinal que o servo havia apreciado a bebida, tipo, bateu até um pouco de orgulho.

O cão finalmente entrava na loja. Seu corpo totalmente infantil ficava parado olhando para os lados, seu nariz continuava a respirar tudo o que estava a sua volta. Procurando qualquer cheiro, nesse momento uma overdose de odores vieram em sua direção: Café, chocolate e tudo o mais que ali tinha.

Foi quando seu corpo se deparou com várias mulheres, vestidas como as de sua casa. Um largo sorriso surgiu em seus lábios, seu rabo balançou de um lado para o outro totalmente animado, quando ele gritou cheio de confiança e num tom imperativo.

LEVEM-ME AO BORDEL, CRIANÇAS! POIS ELE ÉS QUEM IRÁ UNIR-ME COM MINHA ALMA... FOI O ME DITO POR AQUELA IMPERATRIZ FRACA! - Disse ele gritando para que todos o pudessem ouvir, e até mesmo notariam suas orelhas e cauda.

Todos os clientes se olharam assustados com a reação daquele "ser". Os mais tímidos saíram correndo do local, assustados com a gritaria.

Os gritos também foram ouvidos do lado de fora do lugar.

Estava com seu usual sorriso quando se virou ao ouvir o som da porta abrindo, seu cabelo e vestido balançando suavemente com o movimento do corpo.

- Bem-vindo, Mes--!!

Apertou os lábios e arregalou os olhos ao ver aquela criança animalesca na sua frente acompanhada com aquela presença... Se abraçou enquanto sentia seus circuitos reagindo por conta daquela figura, aquela dor característica. Enquanto as pessoas fugiam, se inclinou para frente por conta da dor dos seus circuitos, respirando fundo enquanto seus braços tremiam.

- Vo-Você... O que está fazendo aqui? - Murmurou, atordoada enquanto tentava se recompor.

Não sabia o que lhe chamava mais atenção, as orelhas, o fato que aquele servo era relativamente fofo, que seus clientes estavam fugindo depois de uma criança gritar por um bordel ou a dor que sentia. Fechou os olhos e respirou fundo, ajustando a postura.

Aquilo não estava certo. Ficou ainda em choque por alguns momentos antes de decidir começar a correr também. Já havia levantado suspeitas demais!

"Independente do que aconteça, se ele não me ferir, não se manifeste, Assassin!" Comunicou ao seu servo mentalmente.

-> Visão Geral

Assassin puxava sua arma, ajeitando ela de modo calmo ainda analisando a criatura que aparecia.

"Minha mestra, muito cuidado, estamos diante de um servo, acredito que seja importante recuarmos, tente sair da loja, este servo conheçe um método para nos escondermos deste imbecil"

Enviava mentalmente para sua mestra conforme se aproximava dela, ainda invisível

-> visão geral

O berserker não entendeu nada do que estava acontecendo. Ignoraram sua ordem, mas ele não deu uma foda pra nada disso. O cheiro do chocolate o atraía de forma quase hipnótica e lá ele começou a beber cada uma das bebidas que estavam sobre as mesas, sentando-se sobre o balcão com a perna cruzada.

Depois de algum tempo, seu tédio se tornou grande e um bocejo junto de seu corpo se desintegrando no ar. Simplesmente revelara que dali ele já não estava mais.

MDT: Visão geral Desmaterializado

Chegou no seu café, aliviada por ver que estava inteiro...

Mas, por que estava cheia de polícias?
Sentiu a boca do seu estomago ficando gelado de alguma coisa terrível ter acontecido a algum cliente ou se uma das suas funcionárias teria ficado ferida. Se aproximou de um policial, um tanto incerta e temerosa sobre o que dizer.

- Com licença... Está tudo bem? Não teve nenhum ferido, certo? Eu... Eu sou a dona do café.

Um dos policiais se aproximou da jovem.

- Você é a dona do estabelecimento? Pode comprovar isso? Estamos procurando-a por que recebemos denuncias de um jovem causando tumulto aqui e com os recentes relatos de possíveis terroristas, temos que proteger a população.

Enquanto ele falava, alguns outros policiais estavam olhando o lugar e tirando algumas fotos da bagunça.

Ficou um pouco sem jeito com a indagação do policial, mas, procurou se manter firme enquanto o olhava nos olhos.

- Os meus documentos estão lá dentro, na sala da gerencia, eu deixei a bolsa na pressa. - Acabou suspirando, acenando positivamente com a cabeça. - Eu... Deveria aguardar aqui enquanto averiguam a situação..?

Aproximou as mãos do corpo enquanto observou os homens tirando as fotos do local. Se sentia extremamente incomoda com aquilo. Seus negócios iriam ser prejudicados com aquilo..?

- Um dos nossos homens irá acompanha-la até o local, já estamos terminando. Mas antes tenho que perguntar se a senhorita estava neste local quando aconteceu o tumulto. Precisaremos do seu depoimento caso responda afirmativamente.

O policial falava de forma série, em um único tom.

Em parte se sentia desconfortável de ficar se mostrando daquela forma, certamente seria muito ruim... Mas, depois de ter dito que deixou a bolsa na pressa, certamente iria criar uma discrepância no que disse, e afinal, ainda tinha que se comportar como uma civil.

- Sim, estava. Concedo o depoimento agora ou pego primeiro meus documentos? E... Não vai ter muita cobertura quanto a isso, não é..? Eu me sinto desconfortável com essa ideia...

- A senhorita pode pegar os documentos para identificação primeiro. Vamos precisar deles para o depoimento. E a impressa ainda não foi informada, queremos manter isso da forma mais discreta possível.

Respondeu o mesmo policial, ainda em um único tom de voz.

- Agradeço.

Fez uma breve referência, quase por reflexo por estar ainda vestida de camareira e entrou no estabelecimento depois que foi designada o guarda. Foi até sua sala e pegou a bolsa assim como os documentos que mantinha guardado a chave. Suspirou, teria que informar seus funcionários sobre aquilo tudo e realmente detestaria que seu café fosse prejudicado por conta daquela guerra.

Saiu em seguida, entregando os documentos para os policiais e aguardou em seguida.

Quando Uriel voltou, apenas estava o policial de antes em pé com um pequeno caderno, os demais já se encontravam do lado de fora do estabelecimento. E após verificar a documentação, disse:

- Tudo bem, senhorita "Aizenberni". Acertei a pronúncia? Diga-me o que ocorreu em detalhes e o local em que esteve desde o incidente até agora.

Ao falar aquilo de forma direta, ele esperou ela se pronunciar e atento a anotar cada pequeno detalhe que ela viesse a dizer.

Era meio engraçado ouvir aquilo naquele sotaque, mas, estava acostumada a ouvir aquele sobrenome... Por mais que tivesse certo desgosto em ser chamada como Einzbern, não iria corrigi-lo. Respirou fundo e ajeitou sua postura, acenando com a cabeça.

- Certamente. Estávamos num dia de trabalho comum quando entrou um garoto gritando e mandando para indicar um... Perdoe-me o uso da palavra, puteiro. - Abaixou o olhar sentindo seu rosto esquentando suavemente sequer de ter dito aquilo. - Ele falou num linguajar mais antigo e foi relativamente estranho, todos os clientes começaram a correr e gritar e eu acabei correndo junto.

Hesitou. Em parte não queria contar para o policial sobre o que ocorreu, sobre onde tinha ido, na realidade. Uruk havia sido gentil com ela e não queria o perturbar com coisas daquele tipo também.

- Eu... Corri sem ver direito para onde ia e acabei entrando num estabelecimento, eles me deram um copo de água e quando me acalmei voltei para verificar se estava tudo bem.

Ajeitou um pouco a postura, procurando se relaxar. Pensando agora, aquele policial estava meio estranho...

- Tudo bem senhorita. Caso seja necessário, poderemos chama-la na delegacia para identificação do suspeito. Tenha um bom dia.


Dizendo isso, o policial se retirou dali calmamente, com uma postura quase robótica.

Definitivamente tinha algo estranho.

Acabou suspirando aliviada que ficou tudo tranquilo no final e entrou de volta na loja, agora vazia e bagunçada.

- Parece que vou ter que cuidar disso sozinha, aparentemente... - Deu um sorriso meio triste e fechou a porta da loja virando junto a placa de fechado, trancando-a em seguida. - Pronto.

Foi para a parte dos funcionários e trocou de roupa. Não queria sujar seu uniforme. Depois de ajeita-lo ali e colocar a sua roupa - basicamente a quase mini-saia, blusa leve, sandália e as "luvas de verão" - foi até seu escritório e ligou para cada um dos seus funcionários, avisando que não precisavam voltar ao trabalho naquele dia. Feito isso, se ajeitou ali e fechou os olhos.

Precisava saber onde Assassin estava... Aproveitando que estava sozinha, se concentrou, sentindo seus circuitos se ativando e aquele choque permeando seu corpo, utilizou de Psiquismo (Rank D, -30 de MP).

"Assassin... Sou eu, onde está? O que aconteceu? Estou de volta no café, nada ruim aconteceu..."

Feito isso, aguardou.

Recebido a resposta do seu servo, suspirou, apesar de em choque pelo o que ele contou. 3 ou 4 servos? Engoliu em seco, esperando que isso não comprometesse seu desejo.
Bem, o que estava feito, estava feito agora.

Se levantou e tratou de organizar a cafeteria, limpando as mesas e o chão com toda a bagunça que foi feita, jogando fora também qualquer coisa que tivesse sido derrubada e quebrada por conta do tumulto. No fim, ficou bem sozinha com seus pensamentos, e certamente teria ficado muito mais compenetrada naquela situação se não fossem pelas tarefas.

Lavou com cuidado as coisas e as guardou em seguida, secando as mãos antes de colocar as luvas de volta e foi para frente da loja, olhando o cenário, mais uma vez, limpo e organizado.
Deu um sorriso, contente de ver seu café ajeitado de volta e puxou uma cadeira, sentando-se numa mesa enquanto aguardava seu servo chegar... Lembrou-se em seguida que ele era meio idiota, então destrancou a porta e se voltou a sentar, deitando a cabeça na mesa enquanto suspirava.

...Aquele cara da livraria até que era bonitinho.
Talvez devesse retribuir a gentileza, não é mesmo? Bem, precisava voltar lá para discutirem sobre o desconto, certamente gostou muito da ideia.

Escondeu o rosto nos braços em seguida enquanto esticava as pernas por de baixo da mesa.
Pessoas românticas e tímidas são problemáticas, não é mesmo?

*Naquele lugar tomado pelo silencio, simplesmente o celular de Uriel reagia um pouco sem ela perceber, isso devido ele estar passando por um processo de hack a nível asiático [Literalmente], e após isso, começou a emitir sua ação, fosse vibrar ou tocar ensurdecidamente*

Estava perdida em pensamentos - quase dormindo na realidade -, quando praticamente caiu da cadeira e olhou assustada para seu celular.

- Ma-Mas... O que..?

Se aproximou e pegou o celular, um tanto assustada, atendendo se fosse o caso, ou apenas vendo o que tinha nele se não fosse uma ligação.

- Ny-Nyu..?