Parque

As crianças se arrumaram em duplas rapidamente, eram obedientes com o tio da armadura. Cinco duplas de dois, porém, um garotinho ficou de fora por ser a 11ª criança. Ele ficou do lado de Berseker para observar melhor os outros, esperando sua vez de ter um par.

Grande parte das crianças conseguiu efetuar o movimento simples, porém, algumas outras acabaram se batendo/batendo na cabecinha do amiguinho. Elas riram com as pancadas e continuaram tentando.

- Continuem até os braços começarem a doer. - Ele olhou para o garotinho ao seu lado.

- O que acha de ser meu parceiro? - Ele fazia o movimento em frente ao garoto parando um ataque extremamente rápido antes de acertar a criança.

— Sim, tio! — responderam em uníssono. Alguns gravetos voavam de um lado pro outro, mas nada pra se preocupar. Algumas mães olhavam de longe rindo.

O menininho sorriu de orelha a orelha para a armadura, pegando sua espada de plástico e performando o movimento com excelência.
— Eu treinei em casa! — disse orgulhoso.

O berserker no auge de sua bobeira começou a aplaudir o garoto soltando um:

- Oh! - Espantado e maravilhado, surpreso e encantado.

Eles continuariam a fazer a performance até que.

- Vocês são muito fortes, vamos ver os movimentos laterais agora.

De uma extremidde do corpo até a outra, golpes verticais foram dados. Objetivo era colidir as "espadas"

O garotinho continuou sorrindo o mais brilhante que conseguia, orgulhoso. O garotinho entrou na posição do próximo ataque e se virou para Berseker.

Do outro lado, as crianças davam gritinhos de guerra umas contra as outras enquanto colidiam suas "espadas". A maioria voava pra longe.

Vendo a batalha "feroz" entre as crianças o Berserker ensinaria o movimento final. A estocada, mas não sem antes deixar aquilo mais "interessante".

Sentou-se em posição de lótus.

- Corram até mim e me espetem com suas espadas, aquele que me machucar mais será o campeão! - Disse ele, mas não seria fácil. Uma vez que sua espada estava a frente apenas balançando de um lado para o outro.

Todos que tentassem seriam vítimas do desarmamento de precisão quase cirúrgica do guerreiro.

Os pirralhos se entreolharam com sorrisos de vitória precipitada, atacando ele de uma vez com todos os gravetos e espadas que tinham. O que estava ao seu lado teve vantagem, apoiando-se sobre o pé direito e tomando certa distância antes de investir com tudo contra ele. Era de fato o mais forte.

A espada apenas fez um movimento lateral derrubando todos os garotos apenas com o vento causado pelo seu movimento.

Isso mostrava o peso e força do berserker aos pirralhos.

- Lição número 1: Sempre estudem seu oponente e usem isso para terem uma vantagem, conheçam primeiro sua força! Agora novamente, tentem atacar. - Disse ele sorrindo.

As crianças caíram para trás na areia da área infantil do parque. Algumas massagearam as cabeças por terem caído mais forte do que esperavam, mas logo se juntaram em um uma roda e cochicharam entre si. O menino mais forte também.
Com isso, elas se dividiram para cercar o servo e brandiram suas "espadas" com boa destreza. Elas encararam o servo e apenas três atacaram ele pela frente, quando quase simultaneamente ele também foi atacado por trás. E pelos dois lados. Cada um no seu segundo certo. Dez crianças atacaram, a mais forte estava esperando a chance certa.
Esta aconteceu quando uma das crianças caiu de joelhos. O pivete saltou por cima dele e acertou direto no elmo da armadura.

Todas as crianças vieram atacar-lhe ao mesmo tempo, se pudesse chorar lágrimas estariam escorrendo mas como não pode, ele simplesmente sentiu-se orgulhoso.

E assim foi atacado por todos os lados, não sem antes ficar de pé e abusar de sua estrutura monstruosamente larga para saltar por cima delas.

- Lição número 2: Nenhum inimigo espera ser atacado, ou seja, ele nunca te darão a chance de serem golpeados. Se algum oponente abrir a guarda desconfie.

Ele caiu meio longe delas e então se sentou novamente.

Os pequenos guerreiros bufaram e contestaram.
— Isso não é justo, tio! — disse uma garota.
— Olha o seu tamanho! E a gente nem tem armadura! — disse a de tranças.
— É! — concordou o resto.

Ele ergueu o dedo em sinal negativo, balançando de um lado ao outro, e abaixando a cabeça.

- Crianças, transformar injustiças em ataques perfeitos. Essa é a verdadeira essência da batalha! Domar o mundo e atacar aqueles que são fortes, esse não é um bom sentimento?

As dez crianças incharam as bochechas, de braços cruzados. Mas aquele menino mais bem treinado deu passos a frente, brandindo sua espada de plástico na direção de Berseker, o desafiando.
— Nós só vamos entender se lutar com a gente, tio! — disse, entrando em uma quase posição ofensiva. Os colegas iam a loucura se dividindo entre torcer para ele e o servo.

o berserker se ergueu e pegou o galho mais fino do lugar, tão fraco e frágil que quebraria só pelo fato de qualquer criança ali colocar o braço na frente.

- Existe algo chamado de força espelho. - Ele disse se aproximando do poste de metal que servia para iluminação. - Venha ataque esse graveto com sua espada.

Assim que o garoto atacasse, ele se defenderia com ela e perderia sua arma.

Andou um pouco mais e pegou um graveto ainda mais frágil que o anterior se aproximando novamente do poste.

- Agora veja como a força espelho age e como esse é o motivo pelo qual você não pode me derrotar... AINDA!

Ele simplesmente balançou o braço batendo com o graveto no metal.

A força era tão gigantesco que ao invés do graveto ser destruído, ele simplesmente ficou no poste. E isso realmente não foi com nem 1% da força total do servo. - Isso é o que acontece quando você coloca apenas um pouco do seu peso no seu ataque, mesmo que ele seja fraco seu braço tem um peso. A força aplicada para mover-lo é suficiente para gerar dano, e quando esse membro é super pesado o dano será destruidor.

O graveto ficava pendurado no poste. Praticamente fundindo à ele.

- Mas não se preocupe, um dia você chegará à esse nível. Todos vocês! Apenas continuem o treinamento!

Sentou-se novamente.

As crianças olhavam tudo com os olhinhos brilhando. As mães se preocupavam um pouco com o que havia acontecido ali, mas estavam dispostas a acreditar que era só uma brincadeira. O menininho que o desafiara não conseguia fechar sua boca.
Os pirralinhos se dividiram e foram um pra cada canto recuperar suas armas. Entraram na formação que estavam acostumados e gritaram com seus pulmõezinhos:
— Por favor, nos treine!

- Adiante jovens guerreiros da atualidade! - Gritou - Continuem vindo à mim com suas técnicas e após ensinar-vós-ei a suprema técnica de seu mestre.

Disse ele sentado erguendo o punho para cima.

*Ao chegar no local o encapuzado olhava para seu colar e seu brilho intenso revelava que ele finalmente havia chego, olhando ao redor para procurar quem possivelmente veio achar ali e ao visualizar o alvo ele colocou o item no bolso, e olhou para seu mestre por cima do ombro*

• O mestre chegava ali junto a seu servo coçando a nuca mantendo sua feição despreocupada, e ao ver o grupo de crianças junto ao grandalhão, acabou sorrindo com certa euforia, tomando a frente do mascarado.

*Com o comando dado, o servo adentrou com a mão em sua roupa e sacou dali sua Magnum, apontando para o alvo que seria a criança mais a frente do Berserker, atirando nela ao qual não teria velocidade ou condição nenhuma de escapar, recebendo o tiro direto em seu pequeno cranio, deixando o sangue voar para todos os lados enquanto seu pequeno corpo caia frente ao servo, e pelo calibre da arma, o estrago feito seria muito visível, quase que o cranio havia explodido só com o disparo*

• O ar enchia os pulmões do moreno que agora deixava sua voz sair alta e audível a todos daquele parque, um comando que estranhamente todos iriam seguir sem questionar, exceto os servos e possíveis mestres ali presentes.

• Sem questionar o dito do mestre, todos os npcs locais iriam seguir e fazer uma especie de barreira humana frente ao mascarado, todos abrindo se pondo em posições de luta improvisadas, tendo como armamento coisas como bolsas, guarda-chuvas ou qualquer outra coisa comum, tendo todos o olhar vazio e de ódio para com o Frenético.

A saber chegava no parque, desmaterializada, olhando a situação. Viu a criança caída no chão e se estivesse materializada teria sentido o sangue gelar. Suas mãos tremian, vendo a dupla e a multidão aglomerada .

" vocês. ... "

A serva se materializou do lado do moreno, em roupas de batalha segurando sua espada. Não queria acreditar no que tinha acontecido, precisaria agir rápido. Precisava cumprir sua promessa.

A garota chegou ao local e sentiu um arrepio, haviam servos ali.

"Shiro eu não me envolverei na luta, ficarei distante, caso necessário é só me avisar, apesar que te observarei de onde estiver." Olhou para o servo uma ultima vez e se escondeu em um local estratégico.

Assim que um som estrondoso chamou sua atenção uma cabeça infantil explodiu em frente aos seus olhos.
O choque foi o suficiente para que ele apenas virasse o rosto e visse o oponente a sua frente, segundo um aparato de metal. O corpo ergueu-se do solo ficando totalmente ereto, eis que todas as pessoas que ali estavam seguiram os comandos de um rapaz qualquer e formaram uma barricada de carne a sua frente.

Sem chances de tempo para falar qualquer coisa diversos outros oponentes surgiram a sua frente, era como se todos eles quisessem ser seus inimigos ao mesmo tempo. Seu coração palpitou feliz e de sua boca palavras soaram cheias de sarcasmo e de ódio.

- Ó! Grandioso, rei dos reis, impede que eu reclame meu direito e agora me dá inimigos sem valor. - Ele olhou todos com desdém, exceto por aquele que atirou, e então voltou a falar para si. - Crianças, mulheres e animais! Esperas, tu, meu semblante elamear o nome que antes foi significado de terror? Esperas mesmo que o verdadeiro e o primeiro de todos os cavaleiros negros se sujeite à mais esta maculação?

Ele invocou em cada mão duas armas de ataque. Na destra um martelo, na canhota uma espada.

- Pois bem, YHWH, ir-me-ei aos vossos caprichos arrogantes vez mais.

Ele encaixou rapidamente a espada no solo e deu uma martelada no cabo de sua arma cortante.

A espada adentrou três metros dentro do solo e ele a puxou erguendo uma grande muralha de pedra e barro. E a golpeou com o martelo mandando cada uma das rochas em direção aos passantes golpeando-os para que seus corpos não fossem mortos e simplesmente perdessem a consciência.

- Vós, guerreiros ancestrais, que vez ou outra repercutiram o nome de seus reinos e vossos próprios nomes. Ousam atacar-me, o GRANDE w@&*, de maneira tão covarde? Aquele que é capaz de dominar todas as armas e segredos do combate? O primeiro cavaleiro negro? Pois venham ao meu encontro!!!- Seu berro era tão alto e poderoso que faria o ouvido dos lobos menores sangrarem ao ponto do rompimento de seus tímpanos causando uma dor insuportável, até mesmo à aqueles perto de Ohara. Aos humanos, normais, que ainda estavam conscientes após seu ataque. Aquele grito os faria desmaiar tamanha a vibração no ar que causava.

Mesmo que todos continuassem vindo, um por um, ou de uma vez e pudessem ainda manter a barreira de carne. Ele já os poderia matar sem causar nenhuma dor.

- Venham covardes. - Disse num tom orgulhoso e praticamente declarando sua vitória. - Pois em verdade vós digo, esmigalhar-lhes-ei todo o orgulho embaixo de meu martelo!