Sun Plaza [St. Louis]

Arqueado uma sobrancelha para o comportamento de Miyamoto, Izabella procurou agir mais naturalmente, pois ainda estava tensa. Ela repassou mentalmente os últimos dias em sua cabeça, mas nenhum assunto veio, exceto um.

Quando avistou um elevador, ela parou e se aproximou do aliado.

-Miya, quero que me prometa uma coisa. Quando essa guerra acabar, você vai sair da Sacro. John não está corrompido, mas a organização está, sei de coisas que nem mesmo ele deve saber.

Sua expressão estava séria, do jeito que estavam indo ela duvidava que sairiam impunes caso perdessem a guerra.

— Hã... — Apanhou o cardápio desajeitadamente e rolou os olhos por toda a lista de alimentos que o lugar oferecia. Os caracteres estavam borrados e giravam, tornando decidir um lanche uma difícil tarefa para Garret, que perdeu a paciência e jogou-o sobre a mesa. "Bom, deve ter um sanduíche. É básico..." — Pensou, e convicto disso, solicitou à irmã:
— Vê um burgão pra mim!

— Garrett. Um mestre. — Olhou aos arredores, procurando com os olhos. Sabia que seria impossível identificar daquele local, então...

— Vamos esperar na entrada. — Voltou a arrastar os dois e entregou o saco de doces que havia comprado mais cedo para Garett. Pelo menos ali, as chances não eram tão remotas.

— Ah... — Se abaixou e jogou neve na cara do irmão, afim que este "despertasse".

- Eu fui criada para auxiliar os mestres dessa guerra, sabia? Possuo uma criação de campos muito boa. Poderei criar um campo aqui mesmo, caso vocês queiram lutar com os outros mestres. - disse ela, com um sorriso. - Afinal, meu objetivo aqui é fazer a guerra acabar logo. A família Astil está realmente interessada em jogar um mestre contra o outro.

— Eu pensei em fazer isso, mas desse jeito é melhor: Poupo mana. — Se encostou no vidro e puxou a mochila para a frente, aguardando.

Garett recobrou parcialmente a consciência e usou a concentração recuperada para... bem, comer doces.

-Você é bem teimoso quando quer.

Ela se sentia como uma criança fazendo um bico e cruzando os braços, mas no fundo estava bem frustada, ela sentia que a guerra não seria tão fácil quanto pensava, então caso morresse queria pelo menos ter certeza que um dos três sairia vivo e bem.

-Por que diabos não falou antes? Podemos ir lá primeiro, esse lugar é enorme e eu gastaria muito mais.

-Uma garota... Ei amigo, enquanto você estava fazendo caridade era eu que fazia os serviços sujos dessa maldita organização, não me subestime, okay? Que merda, é isso que eu ganho por demonstrar minha preocupação!

Enfiando as mãos no bolso do casaco e encostando as costas numa parede, ela abaixou o olhar para o chão enquanto resmungava baixo.

Nesse momento, o mundo todo ficou preto e branco, para Miyamoto, Izabela, Aelois, Garett e seus respectivos servos. Estavam todos dentro do campo mágico da jovem homunculo: ela criou um novo plano e colocou aquelas pessoas dentro deste. As pessoas passavam por eles como se fossem fantasmas e não seriam atingidos por suas magias, assim como não podiam vê-los.

- Pronto! Eu já os marquei e eles estão dentro do meu campo. - disse a garotinha para Aelois. - Agora, basta encontrá-los, mas não será difícil. - ela apontou para uma porta de elevador.

Ela nem teve tempo de pensar numa resposta a altura quando reparou no mesmo que Miyamoto. Não conseguiu acreditar, essa era o terceiro encontro com um mestre. Ela estava usando um perfume que exalava "HEY! MESTRA CANSADONA AQUI, PODE VIR ME PEGAR!"?

-Que merda! Vamos recuar, Caster nos siga. Fique atento caso alguém apareça. Está livre para agira como bem entender, desde que não ataque o Miya.

Ela enganchou o braço no de Miyamoto e o puxou para um corredor. Precisavam tomar distância e de preferência procurar uma saída.

Sentindo a áurea estranha que havia cercado os Estus, a serva se materializou logo atrás de sua mestre, puxando suas luvas para trás imaginando que logo precisaria usa-las. Observou o domo ao redor e tentou manter-se a par dos fatos, mas não era como se eles importassem muito em sua cabeça; O essencial é: precisava estar preparada para a ação. E ela estava.
- Mestre, fiz bem em me materializar? - perguntou à Aelois.

Sorriu ao ouvir a pergunta da serva.

— Parece que temos muitas sombras aqui, viu? Mas hoje, algumas serão por minha conta. — Voltou a soar amigável, sinalizou para o irmão "vamos", jogou os clips para ele e pegou uma granada de cada tipo.

Hora da ação. A adrenalina era seu combustível de novo.

Num rápido movimento ele estendeu os braços e... deixou os pentes que sua irmã jogou caírem no chão. Frustrado, abaixou-se e os apanhou, guardando-os em seguida.
"Bem, ao menos o efeito do álcool não vai durar muito mais..."

— Lucia, nós estamos presos em um campo com um mestre e um servo. Não tenho muito tempo para explicar, mas — Guardou as outras granadas nos bolsos, iria deixar aquilo para último recurso. Sinceramente, quando pensou melhor, não tinha a mínima vontade de lutar em um lugar fechado. Ainda mais sendo um edifício, mas já era tarde.

Desconhecia o tipo de inimigo e o local não lhe ajudava. A mente tentava trabalhar rápido em um plano.

Bingo!

— Nos leve até eles em segurança.

- Sim, mestre. - obedeceu.
"Lucia" olhou ao redor e agradeceu pelo domo artificial, as sombras estavam ao seu favor. Na sua posição atual mesmo poderia viajar. Esboçou um sorriso para si mesma.
Ao concentrar-se, abriu o buraco negro no chão, onde as sombras os engoliram. Ao ver novamente a pouca luz que o campo oferecia, Garett, Ael, e a serva chegaram, aproximadamente, cinco metros de distância atrás dos outros que ali permaneciam.
- Perdão, não posso transportar mais que duas pessoas. - abaixou a cabeça.

[MP: -30]

-Não temos tempo para isso!

Ela mordeu o lábio e apertou o passo, estavam em desvantagem. Nenhum dos dois conheciam o território, pelo visto Miyamoto estava sem sua arma e ela ainda não tinha se recuperado completamente. Ela ainda não sabia como foram descobertos cofprotagonismocof, o que demonstrava que eles tinham algum truque na manga.

-Caster, você tinha me falado alguma coisa sobre poções, pode fazer agora?

[Obs: Limbo é um território na ficção onde pessoas ficam em um plano alternado ligado diretamente ao mundo real, nele, quem está dentro não interage com outros seres do plano original, porém, isso não se aplica a objetos, o que é quebrado no limbo se quebra no mundo real. No caso de Miyamoto, ele está supondo que alguém criou o limbo, por consequência, saberia onde eles estavam, e dito e feito.]

-Tsc.

— *******, surja e destrua-os! — Ordenou, agora com um tom de voz firme e sério. Os efeitos do álcool pareciam estar se dissipando, mas Garett sentia uma uma leve dor de cabeça que parecia intensificar-se gradualmente surgir e, além disso, a tontura que o álcool contido na bebida lhe causou parecia não ter sumido; aliás, mais parecia lentamente intensificar-se. "Mas hein...?"