Vila Labirinto

No fim, apenas o Zoog apareceu e uma voz ecoou.

"Archer acabou de fugir com... Provavelmente o Rider, não sou capaz de senti-lo e ele fora muito rápido para assimilar o ocorrido. Se ainda quiser, posso te guiar até o meu local exato"

Archer e Vergil eram capazes de ouvir aquilo, Archer por estar ouvindo do pequeno rato Zoog e Vergil por estar na frente de Caster, que falava como se não fosse para ele.

*O albino chegava enfim aquela casa e entrava sem fechar a porta, afinal, qualquer tipo de interação o faria perder seu ocultamento, ou seja, só ali dentro ele se dispos a se livrar de seu "véu" ficando visível e assim fechar a porta, e bem, olhar para o servo era uma visão meio perturbadora, tal como suas criações e tudo mais, não, era menos na verdade*

-Obrigado Caster, construiu um belo lugar sem duvidas... Bem, desculpe ir direto ao ponto mais preciso de um favor seu, mais um na verdade antes de mais nada, infelizmente eu não pude trazer a Lancer mas irei resolver isso, por hora vou precisar de alguns itens a mais que você criou  e mais uma coisa... -Aquela "mais uma coisa" não ficou em aberto sendo algo discutido entre servo e mestre por um tempo, era como se Virgilio estivesse se preparando para ir a guerra sozinho e tivesse que convencer seu servo mais "protetor" disso, algo que perpetuaria por tempo demais então a "cortada" foi por isso.

Berserker se levantou de onde estava e pela primeira vez falou, uma anomalia que deveria ser impossível para seu nível de loucura.

-Guerreiro.
-Eu.

Apontava para sí mesmo.

-Justa.
-Luta

Apontava para Archer.

E então sua sanidade evaporou novamente,  A pele de Berserker emanava um roxo e seus cabelos ficavam brancos novamente.

Ele esperava a resposta de seu inimigo para voltar a seu ódio

EDIT:

entretanto Archer saia de onde estava, Berserker voltava a cor normal e passava a olhar ao redor

— Está tudo bem, enquanto eu estiver neste trono, consigo manter o crescimento de mana em mim. Pode pedir o que quiser, irei fazer como o senhor desejar e planeja — disse o Caster, com sua boca que parecia ser de um ventríloco.

Zoog aparecia novamente das sombras e, novamente, como um megafone, a voz ressoava:

"Ele não tinha muito o que fazer. Rider fora tão rápido e indetectável. Acho que nem mesmo o senhor seria capaz de vê-lo com total clareza e muito menos acompanhá-lo"

Zoog então se escondia nas sombras.

Berserker sentiu nova emanação de mana, seguiu então na direção a passos lentos e pesados que faziam a terra tremer

-> MDT: Vila Abandonada

*Ali o rapaz sorria de canto parecendo exalar uma certa malicia indigna de seu eu original, algo que o fazia fechar os olhos e expor os dentes naquele ato um tanto quanto sombrio*

-Tens razão Arqueiro, não devemos mandar enfermos para nossas tropas, seu lugar é em casa descansando, como líder eu não posso simplesmente deixar que uma pobre criatura doente lute, afinal, veja sua inocência. -Abriu então os olhos e olhou para cima vendo o teto começar a desabar devido a fragilidade proposital implicada pelo mestre para impedir que o servo alado que enfrentava usasse de seu dote em voo para encontra-lo naquele labirinto, como já era de se esperar tudo desabou na vila, pedras pesadas que destruiram casas e matavam pessoas, algo que fazia o rapaz começar a rir mantendo os lábios agora unidos.

-Hora, hora... Existe alguém tão rápido quanto eu? Apesar de que dizer "eu" é um termo muito errado. -Enquanto tudo desmoronava ele desfazia a runa que havia colocado para ajudar seu Berserker que parecia querer lutar somente agora, uma pena pois já era tarde.

-Não se preocupe enfermo, se ti é digno de pena até de seus adversários quem dirá de mim que sou seu mestre? Mas não se preocupe, você vai combater o arqueiro. -Antes que o albino pudesse chama-lo por pensamento ele enfim chegou ali, algo que fez o sorriso sadico surgir na face do mesmo que chegou até mesmo a gargalhar mostrando sua feição demoniaca, ou quase, ele continuava humana mas sua voz se distorcia um pouco.

-Archer, ele estava em nossas mãos pronto para o abate, mas bem, parece que a Matou traiu sua confiança não é mesmo?Sem contar que veja essa ruina! Conte os corpos! Isso custou o resgate daquele Arqueiro! Foi ordem da Matou Abraham... Diferente dela Virgilio ao menos sempre foi sincero com suas intenções e ainda o permitiu mata-lo no final. -A voz demoniaca oscilava entre a profana e do mestre, o homem então que tinha os dentes mais afiados mantinha seu sorriso e então fechava os olhos.

-Isso não é nada bom, bem Archer, você queria uma luta não é mesmo? Prove seu valor então, mate esse pobre enfermo ou morra por suas mãos, quem vencer será o servo adequado a continuar seguindo Virgilio! Mas não temas, essa é a vontade de nosso senhor! -Archer então ouvia logo em sua mente a fala verdadeira de seu mestre ao qual o dizia.

"-Precisamos entrar em um acordo caçador, eu preciso de você na nossa investida, eu acabei percebendo algo e acho que a erradicação dos humanos está errada, encontrei um proposito melhor e quero falar com você sobre, mas antes, mate esse demonio e comece a purificar o mal do nosso time, após isso venha até mim e Caster, temos algo planejado para levar essa guerra ao fim." -Após a fala o silencio veio e aquele "clone" do Einzbern permanecia olhando o arqueiro como se quisesse dizer "Vamos, vá em frente, já tem sua confirmação, vai deixa-lo fugir?".

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*Enquanto Vergil falava com Caster ele já parecia ajeitar algumas coisas como se acabasse de se vestir de novo, dando uma ultima checada na boina como se estivesse pronto para sair a qualquer momento*

-Caster, sabe para onde o Archer e o Rider inimigo foram?  

— Sim, sei o exato local — disse Caster, respondendo o seu mestre.

*O albino que estava junto ao Arqueiro queria se certificar que nada iria atrapalhar aquele homem de fazer sua "justiça" e por isso tratou de segui-lo para ser aquela voz chata normalmente associada ao ID das pessoas, aquela que dizia "Ignore e mate!"*

-Isso mesmo Archer, deixe o ódio florescer. -O rapaz então percebeu que ainda havia corpos ali com vida apesar do desmoronamento, algo que o fez perceber algo e logo a seguir sair do local seguindo o arqueiro através da ligação de mestre e servo -ou mais ou menos isso, iria garantir que ninguém se colocasse em seu caminho.

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*O mestre então olhava seu servo com mais atenção, parecia estar determinado a seguir seu caminho para eliminar Archer antes que ele se recuperasse, afinal, se aquela proteção de Ajax fosse investida a outros com certeza eles teriam problemas*

-Surpreendendo como sempre Caster, não esperava menos de você sendo sempre tão prestativo, bem, então me diga, eu irei lá com Rider e Assassin, Archer provavelmente irá depois então vou me assegurar o máximo possivel. -A roupa de Vergil era um pouco diferente, mais escura e com detalhes que o faziam parecer um caçador da idade média mais próxima da atualidade [não lembro se é idade média baixa, média ou alta], ajeitando sua boina mais uma vez junto aquele cachecol.

— Recomendo que espere, meus preparativos logo estarão prontos. Pode descansar neste local aqui, eles nunca chegarão aonde estamos e já sabemos onde eles estão, temos vantagem, não há necessidade de pressa — disse o servo que, mesmo parecendo tão submisso, ainda parecia ter sua própria opinião e estratégia. Mostrando que realmente não estava fazendo tudo aquilo em vão.

Assim que Saber entrou no território, fora capaz de ver um grande ser peludo, com quatro braços e, no lugar da cabeça, uma enorme boca. Ele fez um gesto indicando "venha" e começou a ir em direção de Caster.

E assim ele teve a mesma visão que o seu mestre teve. O Gug abrindo a porta, ficando do lado de fora dela, indicando que ele poderia entrar.

— Saber chegou, meu senhor.

*O mestre ao ter a opinião do servo -diferente de uma semana atrás, acabava aceitando, realmente não valia tanto já que basicamente o sol estava raiando e seria um péssimo momento para atacar já que com o dia chegando as lutas cessariam, ou seja, não poderiam terminar o serviço*

-Está coberto de razão Caster, acho que podemos esperar o próximo anoitecer.  -Com a chegada de Saber o mestre acabou pensando em algo o fazendo coçar o queixo brevemente.

-Entre e seja bem vindo Saber e já me esclareça uma duvida... -A duvida sanada era algo entre mestre e servos e por isso acabou não sendo devidamente dita ao ar livre.

Chegava um tanto perdida, parecia bêbada e feliz. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu no meio do caminho para Lancer estar assim, nem mesma ela. Nem se lembrava que estava em uma guerra, eles viam uma mulher aproveitando novamente a vida, rindo.

— Cheguei. ~

Ele apenas sorriu de leve quando o seu mestre lhe deu razão e, com a chegada de lancer, ele pareceu dar uma pequena arrumada em seu estado, como se tivesse se revirando na cama para achar um jeito mais apresentável.

— Sinto lhe informar então, que não sairei deste local. Agora este é o local mais seguro para mim — falou o servo para Archer.

— Sim, tudo está sendo anotado em minha mente, não se preocupe. Mas, obrigado pela informação do Lancer, dele eu não tinha ideia. E sempre tento o possível para ajudar-vos — falei, ainda com a boca parecida com a de um ventríloco, quase imóvel e os olhos semi-abertos, que viravam de um lado para o outro.

*Os gemeos chegavam correndo atrás de Archer, pareciam não parar de falar o caminho todo sendo ignorados por sucesso pelo caçador, ao menos até agora*

-Ei, Archer, quem você vai matar agora? -Disse o albino que inicialmente estava no labirinto "enfrentando" o Arqueiro inimigo.

-É claro que será a Matou, a traidora! Ela mentiu para você Archer, ela livrou o Lanceiro! E Virgilio levou a dele, ele nunca traiu sua confiança. -Este ficava ao lado direito e o outro no lado oposto, estes que faziam gestos espelhados embora não falassem ao mesmo tempo.

-O preço deve ser pago Archer, seu cargo também é um trabalho, ei Archer, a Matou vai pagar o preço igual o Berserker? -O "mestre" tombou a cabeça e sorria de forma fina enquanto outro fazia a mesma coisa como já mencionado antes.

-Hein Archer? Você conhece a Sucubus não é mesmo? Demonios disfarçados que te enganam com a beleza e as palavras para depois drenarem suas energias, ela é um demonio Archer, ela matou aquelas pessoas, o demonio dos Matou que somente quer te... -Antes deles terminarem de falar o verdeiro que estava ali encostado em uma parede de braços e pernas cruzados mantendo sua seriedade acabava interrompendo.

-Calem-se, bem vindos Lancer e Archer, e Archer, não precisa dar ouvidos a esses dois, mas verdade seja dita, a Matou precisa ser morta o quanto antes e pelo o que vi do Arqueiro inimigo isso será impossível, quanto mais de nós indo contra mais ele se fortaleze, e quando mais dano recebe mais ele devolve e possui um escudo impenetrável,  ele não é um inimigo que se vence sozinho mas também não é um inimigo que se deva enfrentar em grupo, Archer, somente eu, você e a Lancer podemos vence-lo e precisa ser antes dele poder contra-atacar, só assim para podermos ter ao menos uma brecha para chegarmos a Sayuri, logo, precisamos chegar a um acordo, além daquele que já temos em que você só vai me ferir ao final desta guerra. -Vergil tentava ser preciso em suas palavras enquanto os gemeos "corriam" para se sentar em algum lugar qualquer para então prestarem atenção não parecendo se importar muito com o que ocorria ao redor.

O corpo do arqueiro parecia ter sido paralisado pelas vozes dos gêmeos, seu cabelo negro escondia os olhos vermelhos que antes era o sinal de sua maldição, isso fez com que as palavras e lembranças se mostrassem em sua mente como cobras dançando juntas, lado a lado.

- Traição... Sempre.... Sempre a traição.... Sayuri deve morrer...

As palavras de seu Mestre foram como um choque para si, falar sobre o arqueiro oponente na sua frente era uma das piores desonras, virou o rosto de forma brusca para o tal enquanto respondia.

- Esta me chamando de fraco? Derrubei dois Berserkers em uma noite... Ousa falar que sozinho eu não venço aquele arqueiro? Ainda suspeita de mim?

As palavras direcionadas a Vergil não foram direcionadas com o intuito de um grande impacto, porém em sua mente respondia Caster.