Hôpital Saint Louis

Alysa encarou o Assassin, antes dele desaparecer, mordiscando o lábio inferior e com um olhar de desejo.

- Realmente, não existem mais homens agressivos como você. - Ela soltou um pequeno risinho.

- Ela está bem, ela está sendo vigiada por uma pessoa que eu não consigo identificar e se houvesse outra forma de conversar com ela em particular, eu teria feito. - Era possível perceber a fúria nos olhos dela.

- Se você quer lutar comigo Senhor Agressivo, pense que eu poderia muito bem matar a sua querida Mestra antes mesmo de você pensar em sacar sua arma e assim que o coração dela parar de bater, você irá desaparecer e tudo que eu tenho que fazer depois é reanima-la e modificar a memória para que ela nunca se lembre do que aconteceu. - Alysa apertou o lábio com um pouco de força e um filete de sangue começou a escorrer pela sua boca.

- Aconselho que deixe as mulheres conversarem se tudo que você é capaz de fazer é me ameaçar tão inutilmente. - Alysa permanecia séria.

- Quanto as mentiras que ele contou. - Começou a falar olhando para Uriel - Ele induziu meu parente a utilizar os Selos de Comando e de forma desmedida e assim o Servo o matou. Tudo isso por conta do acordo que aquele homem fez. Foi tudo um plano para criar uma distração na Guerra para que Kotomine Kire pudesse agir.

Uriel podia sentir um cheiro muito forte de sangue tomando conta do quarto, era quase enjoativo.

Aquilo estava ficando realmente desconfortável.

Acabou se levantando e respirou fundo, se abraçando enquanto cobria o nariz e a boca por conta do cheiro de sangue...

Aquele cheiro, junto com o mal estar que passou... Magia de sangue...

Queria acabar com aquilo logo...

"Por favor Assassin, tanto eu quanto você queremos que isso acabe logo, se contenha", dito isso pro seu servo, se virou para a mulher, enfim completamente sob o controle de seus sentimentos.

- Muito bem, tenha algo a mais que eu precise saber antes de começar a minha missão então, senhorita?

Assassin gargalhava diante da resposta ficando visível novamente.

- É mesmo? Bem....confesso que estamos sendo vigiados mesmo.....tudo bem, mas aviso que não é uma boa idéia você fazer isso novamente, eu já tive que quase arrancar meu braço para não te atacar no impulso está bem?

Assassin se sentava na cama

- Bem, primeiro desfaça essa Magia de sangue já basta o quanto de sangue eu ainda preciso derramar nessa guerrinha inútil, segundo....Pode falar, matar o Lancer estava na minha lista de qualquer forma, me passe as informações sobre ele e eu lhe passo a cabeça do mestre dele numa bandeja de prata.....quanto ao Kirei.....sinto muito mas sabemos tanto quanto você, os lixos dos Einzbern tratam esse doce de pessoa como arma entende?

Assassin apontava o polegar para Uriel com um sorriso nos olhos enquanto olhava para a mulher a frente dele.

- Não se passa informação para uma arma, tanto que essa é a primeira vez que ouvi falar sobre Kirei ter encontrado com aqueles velhos malditos, o máximo que posso te dizer é que ele tem feito experimentos com humanos...Agora quais experimentos eu não detalhar, os corpos que encontrei tavam meio difíceis de reconhecer então destruí todo o centro de pesquisa....

Alysa sorriu para o Assassin.

- Definitivamente quando controla seu temperamento, fica interessante... - Ela deu um pequeno risinho.

- Na sua bolsa está o endereço para qual enviei os suprimentos para a Mestra do Lancer e amanhã, no seu trabalho chegará um pacote com as informações sobre a relíquia que forneci para a invocação dele. - Dizendo aquelas palavras, Alysa começou a se vestir novamente e o cheiro de sangue diminuía aos poucos.

- Ah, na sua bolsa também está um endereço de e-mail que pode usar para falar comigo. Tenha cuidado Uriel, se você falar comigo eu mesma terei que agir.

Com aquelas palavras, Alysa saiu do quarto, de costas, para encarar o Assassin e piscar para ele antes de sair.

Enfim ela saiu.

Caiu sentada na cama, suspirando conforme respirava fundo.

- Eu odeio magia de sangue, realmente odeio...

Realmente numa situação de guerra não havia espaço para nenhuma dúvida, não é mesmo..? Acabou suspirando de volta e puxou a bolsa, verificando as informações citadas. Aproveitou e puxou o celular, soerguendo a sobrancelha ao notar a falta da ligação que esperava...

- Uhm... Bem, vamos ter acesso as informações sobre o lancer e também bem mais... Parece um bom começo...

Ajeitou a bolsa e olhou ao redor. Realmente gostaria de encontrar Uruk depois disso tudo, caminhou até a janela e olhou para fora. "Alguém me vigiando", poderia estar relacionado com o que Kirei disse de ter "desaparecido da vista dele"? Encostou a cabeça no vidro, um tanto melancólica com a situação que se encontrava.

- Por que ele não conseguiu ficar de olho em mim..?

Poderia ter tido parte quando foi para aquele lugar com o Uruk, mas, saiu e ainda passou tanto tempo fora... Fechou os olhos e bateu de leve a testa ali. Poderia tentar se comunicar mentalmente com o homem...

-... Estou cansada... - Murmurou por fim, suspirando.

Mas, não era um cansada fisicamente. No momento a única coisa que conseguia pensar era no calor e na segurança que sentia perto daquele loiro, e talvez esse fosse o problema? Ergueu o olhar para o servo.

- Vamos dar uma passada no Atelier, mas, acho melhor eu sair daqui só para eles não acharem que desapareci... Ah, e se mantenha desmaterializado, tá?

Disse isso antes de sair pela porta, caminhando um tanto desanimada.

Assassin segue Uriel, ainda estando extremamente preocupado com ela, mas sabia que neste momento pouco poderia fazer.

- Assim que sairmos eu invoco o Boto Maroto e te levo ao Atelier - disse ele já desmaterializado

Acenou positivamente.

Saiu do hospital um tanto incerta, mas, assim que teve a oportunidade, foi para uma parte menos movimentada, esperando seu servo invocar o dito barco.

- BOTO MAROTO! CADÊ VOCÊ MEU FILHO!!!!

Gritou mentalmente Assassin de forma que Uriel também pudesse ouvir, e guiou ela para o barco.

- Bem, já temos as pistas, vamos ao Atelier...PARA O BOTO DO MISTÉRIO.

Acabou dando um pequeno riso quando ele chamou o barco e subiu em cima deste quando teve a oportunidade, se ajeitando.

Bem, não estava cansada, e era, afinal, uma bela noite...